sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Coisas boas para o início do ano que vem!





[01] ... sobre o projeto Expedición Donde Miras, uma caminhada cultural pela América Latina em que, a partir do dia 5 de janeiro, trinta pessoas, entre atores, cineastas, músicos, escritores, educadores e fotógrafos, percorrerão, a pé, neste primeiro trecho, quatorze municípios de São Paulo e cinco do Paraná, promovendo encontros culturais, saraus, em cada cidade visitada, é só
clicar aqui (http://www.expediciondondemiras.blogspot.com/).



02] ... sobre como participar do romance coletivo que o escritor Mário Bellatin - um dos mais importantes autores latinos americanos, criador da Escola Dinâmica de Escritores - vem desenvolver no Brasil, no mês de fevereiro, numa oficina só para doze pessoas e eta danado, que ele coordenará, com a colaboração de Maria Alzira Brum Lemos, no Centro Cultural b_arco, clique aqui (http://www.obarco.com.br/)

03] ... sobre o projeto Indícios, romance on-line supercurioso, inventado por Ricardo Miyada, em que uma palavra vai puxando uma história outra, uns linques narrativos à la um Jogo da Amarelinha cibernético, de Julio Cortázar, é só clicar aqui

http://www.indiciodepalavra.blogspot.com/.


Fonte: www.eraodito.blogspot.com

domingo, 16 de dezembro de 2007

Fechando o ano com chave de ouro

Show do Chico Pineheiro hoje, lá no SESC Pinheiros: uma experiência.

Olhando o website dele, encontrei uma matéria que escrevi há uns 4 anos (http://www.chicopinheiro.com.br/port/imprensa.html).

O incrível de estar lá, foi a viagem àquele momento quatro anos antes... poucas vezes tive exatamente a mesma experiência duas vezes...
O Chico faz isso, permite à platéia atingir um estado de transcedentalismo, espécie de integração absoluta "música+ser humano" no qual fica difícil perceber onde um começa e o outro termina.

Falo mais sobre isto lá no Digestivo... (http://www.digestivocultural.com.br/)

Fiquem com um vídeo de Essa Canção (que a esperta aqui não conseguiu postar) :

http://br.youtube.com/watch?v=wPhtAK1de3A

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sobre quando a vida acontece.










"A VIDA É O QUE ACONTECE COM VOCÊ, ENQUANTO VOCÊ ESTAVA FAZENDO OUTROS


PLANOS"( Os BEATLES, assim redundates)






Foto 1/ Fonte:www.rivarock.com.br/dbimagens

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

I carry you with me (e.e cummings)



Em tempos de saudades exacerbada do mar,
a comprovação de que um alguém carrega dentro, uma infinidade de outros alguéns....

E eu, que sinto como se todo o oceano das terras distantes clamasse minha volta à delicadeza do àguas dobrando-se em curva primeira; levo-os, e só a eles, na retranca rasgada deste coração.






Renoir


fonte: http://kherian.files.wordpress.com/2007/09/renoir12.jpg


i carry your heart with me (i carry it in)

i carry your heart with me (i carry it inmy heart)

i am never without it (anywherei go you go, my dear;

and whatever is doneby only me is your doing, my darling)

i fearno fate (for you are my fate, my sweet);

i want no world (for beautiful you are my world, my true);

and it's you are whatever a moon has always meantand;

whatever a sun will always sing is you;

here is the deepest secret nobody knows;

(here is the root of the root and the bud of the budand the sky of the sky of a tree called life;

which growshigher than the soul can hope or mind can hide)

and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart (i carry it in my heart)



e. e. cummings


*

eu levo o seu coração comigo
e. e. cummings

eu levo o seu coração comigo (eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (a qualquer lugar
que eu vá, meu bem, e o que quer que seja feito
por mim somente é o que você faria, minha querida)

tenho medo

que a minha sina (pois você é a minha sina, minha doçura) eu não quero
nenhum mundo (pois bonita você é meu mundo, minha verdade)
e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar

aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce
mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes

eu levo o seu coração (eu o levo no meu coração)

Trad: Regina Werneck

*

Sugestão de video:
http://www.youtube.com/watch?v=zkBdA1hclNw&feature=related



( Formatação rosangela_aliberti )

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

QUERES (Carlos Savasini)





QUERES
Carlos Savasini



Quero tanto, tanto, mas tanto;


que se for para ficar eu fico;

se for para ir eu vou;


se for para pular eu pulo.


Quero tanto, tanto, mas tanto;


que se for para deixar eu deixo;

se for para largar eu largo;

se for para perder eu perco.

Quero tanto, tanto, mas tanto;

que se for para sorrir, gargalho;


se for para chorar, me acabo;

se for para ganhar, festejo.



Quero tanto, tanto, mas tanto;


que se for por você;


eu vou!
imagem: poetrysfeelings.files.wordpress.com/.../amor.jpg

Uma do Sérgio VAz...

Esta grande figura, a quem tive o provilégio de entrevistar lá para oa PALAVRIANDO ( a cerca de dois meses), tem blog.
Descobri nesse ne'gocio de BRincadeira da página 161, no blog do amigo-poeta-blogueiro, o Savasini (que volta por aqui ainda nessa semana):



"Não tenho dó de quem sofre, tenho raiva de quem faz sofrer." Sérgio Vaz

Oficinas com Marcelino Freire.



O Doutor Marcelino Freire aí ao lado, ministrará

uma oficina de criação literária por três dias (12,13 e 15) lá na CAsa das Rosas (sim, sim, na famosa), às 21:00 horas.

Eu vou e vc, vai ficar vendo televisão? haha

domingo, 9 de dezembro de 2007

BRINCADEIRA DA PÁGINA 161...




Foto: Alessandra Cestac (www.alessandracestac.com.br)
fonte:nagonthelake.blogspot.com



O IVAN (Tatubola)ANTUNES, me passou uma brincadeira que recebeu de uma amiga...
É algo mais ou menos assim:

"Escolha o livro mis próximo a você, abra na página 161 e poste a quinta frase completa em seu blog. Se não o fizer, morre(rsrsrs)"

Não, não, a última parte é pitaco meu, mas embora não tenha havido ameaça, na maré de "suerte" que fim de ano costuma trazer, melhor não arriscar.

O primeiro livro que tentei, foi o ALGUMA POESIA, do Drummond, que não tem página 161 (mas termina brilhantemente na 117, com "POEMA DA PURIFICAÇÃO").

O "mais próximo número 2" era o "LONGE da ÁGUA", do Michel LAUB que termina na 115 (só saberei como quando acabar de ler) .

O terceiro em termos de proximidade, estava acerca de um passo de distância, confortavelmente instalado no sofá da sala. Era o novíssimo:

ACORDADOS-FRAGMENTOS
de Ana Rüsche

ganhado na rave cultural do dia anterior.

"Por que está me perguntando isso?"

é a tal quinta frase da 161.Tudo a ver comigo, que tenho constantemente vontade de saber os motivos pelos quais sou vitimada pelas mais bizarras perguntas...rsrsrs

Sobre o restante do livro, posto depois.

Ah sim, claro, e repasso a brincadeira aos blogueiros Rosangela Aliberti, Nanci Moises, Binho Santos, Luisa Pannunzio e Marisa Del Santo.

VEremos qual será o resultado...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

RAVE DE ENCERRAMENTO DO ANO...

RAVE CULTURAL




Com 18 horas de programação, segunda edição da Rave Cultural ocupa todos os cômodos do casarão, com literatura, música, teatro, performances e poesia, em programação 100% gratuita a partir de sábado, 8/12, às 14h. Veja a programação completa no s(a)ite www.casadasrosas.sp.gov.br

Venha você também participar!



Organização: Frederico Barbosa



Data: 08 e 09/12, sábado e domingo

Local: Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37 - próximo a estação Brigadeiro do Metrô)

Telefone de contato: 11 3285-6986/ 3288-9447

S(a)ite: www.casadasrosas.sp.gov.br

Entrada: gratuita

Acesso para portadores de deficiência física.



(Foto: Galeria de Elton de Melo - Flickr

Informativo sem fins lucrativos )

__._,_.___

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sobre a saudade das àguas da ilha...

Sobre a saudade das águas da ilha...







DEPART (RIMABAUD)

Vi demais.

A visão se revia pelos ares.

Tive demais.

Sons da cidade, à tarde, e ao SOL, e sempres.

Soube demais. As paradas da vida_

Ó sons e visões partida, entre AFETO e RUÍDOS novos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007










"QUANDO A GENTE É FORTE_ QUEM SE AFASTA_MUITO FRESCO_


QUEM CAI NO RIDÍCULO?




QUANDO A GENTE É MAU, QUE FARIAM DE NÓS?




SE ARRUME, DANCE, RIA_




NUNCA PUDE MESMO JOGAR O AMOR PELA JANELA?" Frases, Rimbaud.



terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Coroada de Rosas II...


Foto: Donny Correia
Encerramento do ano "em" minha casa I.
Faltam exatos quatro dias para a CASA DAS
ROSAS, espaço Haroldo de CAmpos de Poesia e Literatura, fazer sua rave cultural.
O "eraOdito", ou "dito-evento" , terá uma programação parecida, porém com um quê diferente ( como diz Luisa Palhas querida-linda "IGUAL BEM DIFERENTE"): ela marcará a reabertura do espaço ao público. E como foi duro ficar sem a casinha, "teto"dos poetas abandonados e dos que fazem tudo para não se deixarem abandonar (também dos abandonados que não e acham tão abandonados assim...)
Sem palavras para divagar sobre o nada que sinto em relação ao anterior, afinal creio que a minha casa, sobre a qual falei na CRÔNICA "COROADA DE ROSAS"( postada nohttp://www.comunique-se.com.br/ e no http://www.palavriando.com.br/ , com cópia neste humilde blog), não existe mais. (E a culpa não é da CAD 2007).
Foi o tempo, "alento, insano e cruel", que destruiu minha ilusões em relação a poetas e cães (rs...). Minha ida à CAD, serviu para constatar que a Casinha que deixei, nunca mais será e que era momento de iniciar a montagem do renascimento.Depois de pensar muito, decido que no sábado estarei lá, verificando o efeito do encerramento de um ciclo, e checando o quanto restou de amor por aquele espaço espiritual depois de conhecer a fundo suas amarras.
A parte boa pode ser nominada: TYTA, Binho Santos, SAmara Sieber, Luisa Palhas, entre outros amigos-artistas que estarão animadíssimos recitando suas obras, seu processo particular de legitimidade...
Creio que para todos eles (ou seríamos nós?), é um momento distinto daquele julho em que deixamos, com sorrisos sinceros, nosso espaço "de rascunho impresso", nossa Casa Portuguesa, casa de "extravaso"... Depois do furacão, dos processos de descobertas e desvencilhamentos, restou a poesia.
E será ela, a reverenciada no sábado!
PROGRAMAÇÃO
14h – MARRAGONI - Recriação sobre o texto original de Bertolt Brecht e Kurt Weill, a peça conta e canta a história de Paulo Pimenta, lenhador da Amazônia que chega em Marragoni, a cidade-arapuca dos nossos sonhos e ilusões.Baseado no texto Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny, de Bertolt Brecht e Kurt WeillDireção: Ana Roxo.
16h –16h – O Governador José Serra e o Secretário João Sayad inauguram a visitação à Biblioteca Haroldo de Campos. Serão apresentados o novo site da Casa das Rosas e a exposição “Da Bibliocasa” - Livros do acervo Haroldo de Campos escolhidos pelo Professor e Tradutor Trajano Vieira, especialista na literatura grega, que colaborou na tradução que Haroldo fez da Ilíada, de Homero. Na seqüência haverá depoimentos sobre a Casa das Rosas com a participação dos ex-diretores do espaço.
17h – Desconcertos - - a voz da prosa na II RAVE CULTURAL, com leituras dos escritores Marcelino Freire e Paulo de Tarso. Curadoria de Claudinei Vieira, que criou este projeto na Casa das Rosas há três anos, tendo trazido para nosso espaço mais de 30 novos prosadores desde então.
18h - Choro – Com um repertório formado por ícones da MPB, como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, além de grandes nomes do samba como Cartola, Noel Rosa e Geraldo Pereira, integrantes da Banda do Canil da Usp se juntam aos músicos do grupo Coisa Linda de Deus para formar o quinteto que promete agitar o início da noite de sábado.Henrique Gomide (piano e escaleta), Zé Motta (vocais), João Fideles (percussão), Gustavo Angimahtz (violão) e Lucas Nobile (cavaquinho).
19h – Saraus da Casa das Rosas – 1. Chama Poética. A agitadora cultural Fernanda de Almeida Prado convida os poetas Antônio Lázaro de Almeida Prado e Cássio Junqueira para declamarem poemas com o tema “Alegria”. Além disso, o sarau conta com a presença do grupo No mesmo barco, e dos músicos Ozias Stafuzza, Mariana Avena, Neno Miranda, Aurora Maciel e Cristina Pini.
20h – Alice Ruiz e Rogéria Holtz – No Show Música e Poesia de Alice Ruiz são apresentadas composições musicais da poeta com diversos parceiros, como Alzira Espíndola, Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção, Rogéria Holtz, Zé Miguel Wisnik e Waltel Branco. Entre as músicas, Alice Ruiz apresenta também seus poemas. Rogéria Holtz é a convidada que, além de parceira, está gravando, no momento o CD No País de Alice. O show é uma prévia do lançamento do CD.
21 h– José Roberto Aguilar e a Banda Performática - grupo formado em 1981 que vem mostrando desde então o melhor da música de invenção e a performance multimídia.Giba (guitarra) , Marcos (baixo), Marcelo (bateria), César Maluf (teclados), Loop B (percussão), Daniela, Gabi e Aguilar (vocais), Nelson (vídeo) e Lenira (coreógrafa).21h – Fábio Vietnica - O VDj apresenta, na sala 1, performances de imagens e sons lounge, criando um espaço para a videoarte e a música ambiente.22h30 – Sala 2 – CAMA DE POESIA, performance cênica criada e dirigida por José Roberto Aguilar, com a atriz Denise Passos.
23h – Saraokê – No “Saraokê”, ao invés de cantar, o público é convidado a recitar poemas com um fundo musical especialmente criado pelos músicos Gustavo Mera, Lu Horta, Paulo Padilha e Marcelo Ferretti. Esta é uma ousada e divertida experiência de improvisação coletiva. Nenhum verso sairá como chegou e nenhum poeta também.Participação especial da poeta mineira Bruna Piantino, lançando seu livro “Bastão”.
Domingo1h - Saraus da Casa das Rosas – 2. Rascunhos Poéticos. O segundo dos três saraus habituais da Casa das Rosas. Apresenta o grupo de criação poética dirigido por Carlos Savasini e Osvaldo Pastorelli.
2h – Trio Zabumbão - Forró para continuar a madrugada dançante na Casa das Rosas. Flavio Lima (Triângulo e voz), Chambinho (Acordeom) e Fabinho (Zabumba), e nos apresenta o melhor do forró madrugada a dentro.
4h – Saraus da Casa das Rosas – 3. Sarau da VACAMARELA, coletivo formado por jovens poetas, que apresentam diferentes tendências da poesia contemporânea. Além de promover o debate literário com a FLAP, a VACAMARELA edita o jornal literário O Casulo.
5h – Pedro Osmar e amigos - apresentam o melhor da música de invenção. Com a presença de Zeh Rocha, Cauê, Rafa Barreto, Gleiziane Pinheiro e Fábio Barros.
7h – Café da manhã

Mainardi no DIGESTIVO.









O colunista Diogo Mainardi (que ao contrário de todo mundo eu adoro), deu uma entrevista super bacana para o SIGESTIVO CULTURAL, site onde darei as caras em breve...




Abaixo, um sample...


Segunda-feira, 5/11/2007

Diogo Mainardi

POR: Julio Daio Borges



Diogo Mainardi, além de colunista da Veja desde 1999, já foi autor de romances: Malthus (1989), Arquipélago (1992), Polígono das Secas (1995) e Contra o Brasil (1998). Hoje divide seu tempo entre a principal revista semanal do Brasil, uma participação no programa Manhattan Connection (desde 2003) e um podcast – também no site da Veja – desde o ano passado. Assumidamente sem assunto, Diogo Mainardi concedeu esta Entrevista, em meio a outros compromissos relacionados ao lançamento de seu segundo volume de crônicas, Lula é minha anta (também pela editora Record; o primeiro foi A tapas e pontapés, lançado em 2004). (Fora os livros, escreveu, ainda, dois roteiros para cinema: 16-0-60 (1995) e Mater Dei (2000).) Apesar de best-seller do atual mercado editorial, Diogo Mainardi abandonou de vez a literatura, e hoje a considera “coisa para desocupados e parasitas”. Não pensa que sua coluna tenha algo de especial em relação ao que fez antes, e reputa toda a sua notoriedade à Veja: “Se fosse um blog, ninguém me leria.” Não considera que tenha uma obsessão pelo presidente Lula: “Sinto desprezo intelectual e moral por ele. Só isso”. Não pensa que tenha um estilo ou uma assinatura fora do comum; reputa seu sucesso, mais uma vez, ao formato: “Hoje em dia, todas as minhas idéias cabem em 3 mil toques”. Diogo Mainardi não assume nenhuma orientação política, mas registra: “Se quem me chama de ‘nova direita’ é o esquerdismo lulista, tudo bem: eu me enquadro”. Afirma que não está à procura de “seguidores”, nem de “prosélitos”. E não vê nada de errado em, um belo dia, desistir de tudo: “Sobretudo num belo dia...” – JDB1.

DIGESTIVO:Em meados da década de 90, a gente lia você como escritor. Por recomendação do Paulo Francis. Tinha um amigo que me emprestou o Polígono das Secas (ainda na faculdade), depois contou de outro amigo dele, que se gabava de ter recebido um fax seu... Era o Fabio Danesi Rossi. Também lembro de um sujeito, em 1995, que nunca mais eu vi e que ia te ler, só de birra, porque você tinha dito no Jô Soares que era “O Pior Escritor do Mundo”... A literatura acabou mesmo pra você?

DIOGO: Eu lembro que você me falou isso, como falou também do cinema, no início dos anos 2000, mas eu não acreditei muito. De certa forma, concordo que, até Contra o Brasil, a literatura parecia mais um caminho para você chegar onde chegou. Mas você deixou órfãos. Pelo menos entre aqueles amigos meus... Enfim: às vezes não dá um comichão literário em você? Ou isso de ser escritor de ficção, no Brasil, é mesmo uma grande piada? Somos, como falou o Vargas Llosa, sempre ultrapassados pela nossa realidade?

DIOGO:Literatura é para desocupados e parasitas. Por muito tempo, fui um desocupado e um parasita. Eu era mantido por meus familiares e por minha mulher. Quando precisei ganhar dinheiro para sustentar meus filhos, arrumei um emprego e larguei os livros. Pode parecer uma explicação prosaica demais, mas foi o que aconteceu. Abandonar a literatura não foi uma decisão literária. E não teve nenhuma conseqüência, exceto para mim. Não sou um Rimbaud. Quanto ao comichão literário, não sei o que é isso. Nunca escrevi porque tinha a necessidade de escrever: escrevia porque era o que me interessava fazer.




Mais em http://www.digestivocultural.com/entrevistas/entrevista.asp?codigo=18

Filha de sol nascente...










Porque eu estou morrendo de saudades de casa...
Eu, filha de sol nascente, que teimei em passear, e a três anos, passeio...



















DESPEDIDA



Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo




Eu não sou daqui;


Também marinheiro;


Mas eu venho de longe;


E ainda do lado de trás da terra além da missão comprida;


Vim só dar despedida;


Filho de sol poente;


Quando teima em passear;


Desce de sal nos olhos doente de voltar;


Filho de sol poente;


Quando teima em passear;


Desce de sal nos olhos;


Doente da falta que sente do mar;


Vim só dar despedida

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Toronto's ICE QUEEN...(or Ms. Diana Krall)













Domingo é o dia dela: da canatora canadense polêmico star: Diana Krall.
E bem antes das 10:00 a.m, na qual ela começará a entoar sua "jazística voz" , eu estarei lá,
"a postos".

Após o segundo DVD a expectativa em relação ao
show deu uma abaixada, porém, só sendo louco para
perder...

Sobre as razões para assistí-la, bem vão da precisão técnica da cantoraao altíssimo nível qualitativo de suas interpretações...

Segundo às "más línguas jornalísticas", motivos todos, exceto a simpatia, da qual a esposa do compositor Elvis Costello seria deprovida...
No link abaixo, há uma entrevista interessante, bem levee pouco erudita com a cantora.
Quem prefere analisar seus aspectos musicais (ou melhor seu talento), uma boa dica é disco

"LIVE IN PARIS", no qual há a versão ao vivo de clássicos como "Let's fall in love" e "The Look of Love".

Mais sobre Kral após o show de domingo, às 10:00 a.m no Parque Villa Lobos, São Paulo.
Artigo sim, ainda a confirmar o local...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quem fracassa na vida...




03/11/2007




Verão chegando.

Por: Luis Carvesan.


Imagem:http://www.sibila.com.br/imagens/miseria4.jpg


O homem juntou suas latas, seus papelões, seus trapos e paus e buscou abrigo rente à coluna do viaduto. De tão grande e tão cheio de gente, pensou o homem, esse viaduto é como uma casa sem parede e sem porta, sem cômodos, sem jardim, sem nada. Mas é a casa que Deus me deu, pensou o homem, arrumando como podia suas tralhas, porque lá vinha o temporal de novo, mais chuvarada para infernizar (Deus me perdoe!) a vida desgraçada dessa gente toda que vive na rua, embaixo da ponte.
Quantos moram debaixo desse viaduto comprido desse jeito?, pensou o homem com seus botões, quer dizer, com sua camisa suja e puída, obviamente sem botões.
Uns vão, outros chegam, mas é sempre muita gente. Quando começa a ameaçar chuva, como agora, ou à noitinha, aí a coisa fica feia. Cada um protege seu canto e seus cacarecos como pode, porque cada pilastra, cada recôndito desse monstro de concreto vale mais que uma mansão no Morumbi, pensa o homem. Nem sei como é uma mansão no Morumbi, mas já ouvi falar que vale muito. E sei que o cantinho que eu tenho aqui vale ouro, ainda mais no inverno, quando o ar quentinho que sai dos tubos da estação do metrô tornam o frio nojento desta cidade úmida e gelada mais suportável.
Agora o problema não é esse. É a droga da chuvarada que prenuncia o verão e que desce como se fosse o fim do mundo e lava tudo, menos a miséria de nossas almas. Não há papelão, pano ou madeira que preste depois de cada tempestade...
Mas, seco ou molhado, frio ou quente, de noite ou de dia, será sempre a mesma droga debaixo desse viaduto maldito, um eterno monumento a lembrar o que esta cidade faz com quem fracassou na vida.



Para a FOLHA DE S.P no
http://www.folha.com.br/

Luiz Caversan, 52, é jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos Cotidiano, Ilustrada e Dinheiro, entre outros. Escreve para a Folha Online.






Eu, sobre cinema!

Saiu hoje, publicado na JUNGLE DRUMS, inglesa, um texto meu sobre a MOSTRA:

está em :


http://www.jungledrums.org/sonaweb_02.htm


Confiram e lembrem-se de que estou aberta a feedbacks.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Solidão (Por: Chico Buarque)









Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo..... isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Francisco Buarque de Holanda

AGITADA AGENDA.

Final de mês de muitas emoções:

30/11: Lançamento do livro de mini contos no SESC Consolação
Local: SESC consolação
Horário: 19:30 hs.

02/11: Show da Diana Krall
Local: Parque Vila Lobos
Horário: 10:00 a.m.

08/11: Visita do Luís Fernando Veríssimo
Local: Espaço B_arco (rua dr. virgílio de carvalho pinto, 426 - são paulo - sp - (11) 3081-6986)
www.obarco.com.
Horário:17:00 hs.

12 + 13/11: Oficina de Criação Literária com Marcelino Freire
Local: Casa das ROSAS (Av.Paulista, 37)
Horário: das 19:00 às 21:00 hs.

15/11:Rave Cultural
Local: Casa das ROSAS (Av.Paulista, 37)
Horário: A noite toda

Destaque: Apresentação das Poesias dos RASCUNHEIROS POÉTICOS.
1:00 a.m!

NÃo há muito o que contar...




NÃO HÁ MUITO O QUE CONTAR

(Pablo Neruda)

Não há muito o que contar

para amanhã

quando já desça



ao Bom-Dia

é necessário

para mim

este pão

dos contos,

dos cantos.

antes da alba, depois da cortina

também, aberta ao sol do frio,

à eficácia de um dia turbulento.



Devo dizer: aqui estou,

isto não me aconteceu, e isto acontece;

enquanto isto as algas do oceano

se movem predispostas

à onda,

e cada coisa tem sua razão,

sobre cada razão um movimento

como de ave marinha que levanta

da pedra, da água, da alga flutuante.



Eu com minhas mãos devo

chamar: venha qualquer um.



Aqui está o que tenho, o que devo,

ouçam a conta, o conto e o som.



Assim cada manhã de minha vida

trago do sonho outro sonho.



Arte: Osvaldo Pastorelli

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Trabalha, trabalha, trabalha...





Um pouco tarde, saiu minhas entrevistas lá para a WEB...
Uma honra para mim, porque, "Deuses da Literatura", como aquele site é bom!
Falei da matérias assim que a fiz, contando uns pormenores do João e da Eugência, mais que da Virna.
O resultado das entrevsitas está em

www.weblivros.com.br

Mais João Migule Enriques em
www.quartosescuros.blogspot.com

E nesta semana ainda, "sobrinho+afilhado" +estréia no Digestivo +Preparação para Diana Krall, dia 2, no Parque da Cidade. Outro trabalho que com jeito de brincadeira...

sábado, 24 de novembro de 2007

Sobre o dia em que dei pra "fazer de conta em versão mini"






"E mais não é", que fui participar de uma oficina de literatura de MArcelino Freire, vixi. Cheguei lá o negócio é pra "fazer de conta em mini"e SARAVÁ.
o Cabra é bom nisso, eu sou "uó" e ocorreu um negócio que chamei
"HORÁRIO DE SERVIÇO " e vai ser publicado num livrinho da HELOISA CARTONERA (VERSÃO BRASIL).


É mais ou menos assim:

"Ao lado da cama, Sapatos de salto;
Sem batom, Roberto Torres"






Lançamento: Sexta-FEira, dia 30/11 às 19:30
No SESC consolação
É isso e tenhOdito. rsrsrsrsr

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Tirem-nos tudo, mas não nos levem a música...

Por que o melhor filme da Mostra Internacional de CINEMA (WE ARE TOGETHER) foi uma melodiosa maneira de "ilustrar o poema abaixo", que o diretor provavelmente nunca ouviu...
Por que foi a melhor coisa da Balada Literária...

Por que o povo brasileiro tem tanto em comum com africano, que chega a confundir, misturar...

Por que eu entendi que não só eu que acho que música é tanto...





SÚPLICA

Tirem-nos tudo, / mas deixem-nos a música!

Tirem-nos a terra em que nascemos, / onde crescemos / e onde descobrimos pela primeira vez / que o mundo é assim: / um tabuleiro de xadrez...

Tirem-nos a luz do sol que nos aquece, / a lua lírica do xingombela / nas noites mulatas / da selva moçambicana / (essa lua que nos semeou no coração / a poesia que encontramos na vida) / tirem-nos a palhota - humilde cubata / onde vivemos e amamos, / tirem-nos a machamba que nos dá o pão, / tirem-nos o calor de lume / (que nos é quase tudo) / - mas não nos tirem a música!

Podem desterrar-nos, / levar-nos / para longas terras, / vender-nos como mercadoria / acorrentar-nos / à terra, do sol à lua e da lua ao sol, / mas seremos sempre livres / se nos deixarem a música!

Que onde estiver nossa canção / mesmo escravos, senhores seremos; / e mesmo mortos, viveremos. / E no nosso lamento escravo / estará a terra onde nascemos, / a luz do nosso sol, / a lua dos xingombelas, / o calor do lume, / a palhota onde vivemos, / a machamba que nos dá o pão!

E tudo será novamente nosso, / ainda que cadeias nos pés / e azorrague no dorso... / E o nosso queixume / será uma libertação / derramada em nosso canto! / - Por isso pedimos, / de joelhos pedimos: / tirem-nos tudo... / mas não nos tirem a vida, / não nos levem a música!


[ Poesia lida por Rogério Manjate durante
a Balada Literária. A autora, como ele, nasceu
em Moçambique. Chama-se Noémia de Sousa ]





quinta-feira, 22 de novembro de 2007

POEMA QUE NÃO QUER SER...

A grande Luisa Palhas saiu recentemente de novo "trabalho de parto"...
E o "filhinho" ( O POEMA QUE NÃO QUER SER), tem tudo a ver com este momento, em que eu finalmente me convenço de que o compasso perfeito não será nunca encontrado e que a graça está em sua eterna busca...
E que há SIM, de render reverências as tempo, SENHOR...
Abaixo, o novo filho:






poema que não quer ser
Por: Maria Luisa Palhas


a felicidade é uma bagagem

estranha

que a gente carrega

pra onde vai



mas só sabe se levou

quando ela chega

Algumas mediações...

A minha sala lá da PUC, tem um blog coletivo...
Coisa engraçada, blog sem rosto.
Informativo, bem, trabalho da jornalistada...
If anybody ever wants news about technology:

www.mediacoes.wordpress.com

Tanta informação....

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sobre a Ninharia da vida e algum sonho...





Tenho de suprimir esta ninharia da vida. Estas duas coisas não podem mais coabitar - esta estupidez e este sonho dorido e imenso, o grotesco de todos os dias, quando do outro lado galopa e passa uma coisa sôfrega e imensa. Tu não te podes chamar Baltazar Moscoso, e ao mesmo tempo existir o céu estrelado.
(O Doido e a Morte, de Raul Brandão, citado por Carlos de Oliveira)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Palavras inteiras (Carlos Savasini)



Este deveria estar encomendado...
Depois de um dia que não deveria ter existido, o PALAVRAS inteiras vem dizer o que eu necessito ouvir...
Justamente porque necessito...








PALAVRAS INTEIRAS

Carlos Savasini


Há que se ter persistência;

Certas vezes força, noutras doçura;

Porrada na medida certa;

Tapa na cara forçada;

Cuspe na cara de bosta;

Olhar na face de brio;

Verdade sem perder a mão;

Recorte preciso,

Cirúrgico;

Cisão em momento certeiro;

Cauterizaçãoo joio bóia em alguidar;

O sopro derruba o monstro;

soco em luva de pelica.


Certas vezes há que se ter força;

Noutras doçura;

E sempre, sempre persistência,

incondicionalmente.


(10/11/2007)

Pela janela do quarto, pela janela do carro....

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Então, enfim comprei o Cd. Gostei sempre tanto dele e seus sons sempre me foram tão presente que nunca, de fato o possuí. Talvez seja esta uma característica das coisas presentes e abstratamente pequeninas...

Seu poder de estar presente sem que precisemos possuí-las...

Agora é meu. Enquanto caminhava por uma rua habitué, concluí que nunca "tivera a atitude de comprá-lo"...

Agora é meu. Ponto.

"Ando pelo mundo;
Prestando atenção em cores que eu não sei o nome;
Cores de Almodovar;
Cores de Frida Kahlo;
Cores..."


Em meio às certezas do "ser" e do "querer" que, logo agora, os curtos passos, quase chegada, se misturam a vontade de desaparecer:

"Eu ando pelo mundo;
E os automóveis correm para quê?
E as crianças correm pra onde?
Transito entre dois lados..."

Entre lados muitos e qua já não possuem linearidade, complexidade oblíqua, necessidade de decifrar...

"Eu gosto de opostos;
Exponho o meu modo;
Me mostro;
Eu canto pra quem?"


Pela janela do quarto, pela janela do carro,
Pela tela, pela janela...



domingo, 18 de novembro de 2007

Família de Jornalista ! rsrsrsrs (Ou "Ode à Felicidade)


Minha Namorada
(Vinícius)


Se você quer ser minha namorada;
Ah, que linda namorada;
Você poderia ser;
Se quiser ser somente minha;
Exatamente essa coisinha;
Essa coisa toda minha;
Que ninguém mais pode ser...
Você tem que me fazer um juramento;
De só ter um pensamento;
Ser só minha até morrer...
E também de não perder esse jeitinho;
De falar devagarinho;
Essas histórias de você;
E de repente me fazer muito carinho;
E chorar bem de mansinho;
Sem ninguém saber porque...
E se mais do que minha namorada;
Você quer ser minha amada;
Minha amada, mas amada pra valer;
Aquela amada pelo amor predestinada;
Sem a qual a vida é nada;
Sem a qual se quer morrer;
Você tem que vir comigo em meu caminho;
E talvez o meu caminho;
Seja triste pra você...
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos;
Os seus braços o meu ninho no silêncio de depois;
E você tem que ser a estrela derradeira;
Minha amiga e companheira;
No infinito de nós dois.
Porque ela é a namorada dele! Há muitos anos...
Sr. e Sra. Cuzzuol Ribeiro, em momento unidos-como-sempre"rsrsrsr

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Série Catazes Alemães das "Moças Capixabas".

Na exposição do Pierre Mendel, muita inspiração para as "coisas da vida".
Lá na CAixa Cultural.
TExto em breve "outta here".




Bebel Abreu (Curadora da expo)
No dia dela.








BROKEN HEART





Esta que vos escreve e mais inspiração para escrever!














Tempo pra todas as coisas...


Eclesiastes III

(Pensada na versão ePorto)

Tudo neste mundo tem o seu tempo;

Cada coisa tem a sua ocasião;

Há tempo de nascer e tempo de morrer;

Tempo de plantar e tempo de arrancar;

Tempo de matar e tempo de curar;

Tempo de derrubar e tempo de construir;

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;

Tempo de chorar e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-;

de abraçar e tempo de afastar;

Tempo de procurar e tempo de perder;

Tempo de economizar e tempo de desperdiçar;

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sobre bebês e cartazes alemães...



DAni Moraes terá seu pequeno lindo amanhã, mesmo dia em que "as cunhadas" abrirão uma belíssima exposição de cartazes alemães aqui, na Garoa(foto).
Imagino que a "família Abreu"não poderia estar mais feliz...

E que a DAniela não mereceria nada menos que "felicidade neste nível"...

O compasso muda em um piscar de olhos...

Me vejo no que vejo;
Como entrar por meus olhos em olhos mais límpidos;
E olha o que eu olho;
É minha crianção isso que vejo;
Perceber é conceber;
Águas de pensamento;
Sou a criatura do que vejo;
Por que hoje eu descobri que serei madrinha dele: Diego Pereyra Cuzzuol, o mais novo membro da família!
E tudo mudou de cor...

Reverência



Há de se reverenciar o tempo...

De se ajoelhar diante das falas;

Se perpetuar próximo às pedras;

Que ficam...


Há de permancer contrito perante o Estorvo;

Dinte do lodo;

Sorrindo;
À espera do pouco;


Há que se imaginar superando;

Ainda que lento;

Tendo, possuído;

Tudo, de uma vez só;.


Uma só

voz ;


E há de pedir a Deus paciência;

Para que se reverencie o tempo;

Quão Senhor;

Ao custo;

Resistência.







Saiu mais uma matéria assinada por mim. Proposta boa, não me agradou a edição.


Em dia de pedir demissão, saiu essa poesia aí, de supetão, se é que isso funciona.


Bem, o link para minha pauta é:






Quanto à da WEBLIVROS , "há de se reverenciar o tempo"rsrsrs


Quanto à da Jungle, ai que frio na barriga...


Quanto às Cartas de Mario ao Drummond, quanta tristeza...



sábado, 10 de novembro de 2007

POESIA CHUVOSA( Lú do VAlle)




Poesia Chuvosa

Por: Luciana do Valle
Neste quarto escuro

Somente as lágrimas me acariciam

Afagam e me afogam no Rio Tietê

Inveja da tietagem alheia.




Só quem conhece a Luciana do VAlle para saber que ela é tudo, menos alguém "se sombras".
Na obra acima, inspirado em um momento peculiar, ela se superou.
Uma vez me disseram que "tragédia"vira obra, (não que seja o caso que aconteceu com a Lú), mas eu estou concluindo que, momentos complexos podem sim, trazer resultados literariemente incríveis...
GRACILIANO que o diga.



































BALADA LITERÁRIA


Sim, sim. É na próxima semana.

O evento trará

mesas com escritores,

Música, chop e muita balada.
O homenageado é o ROBERTO PIVA,
famosíssimo (e que eu nunca li em livro).
Haverão sim, alguns lançamentos fore-de-série.
Se eu não me embrenhar por terrar
capixabas, com certeza darei as caras por lá.
Mais em
E quem anda aparecendo lá pelo PALVRIANDO.com.br é a dona KATIA DUTRA TYTA...
Como já havia dito aqui,a moçoila já "invadiu aquela praia".
E, como em teoria isto aqui é um blog de poemas, vai aí um que, segundo eu mesma, tem uma mensagem interessante (ok, não é um primor de trabalho lingüístico, mas tem outros pontos positivos):
PESSOAS DE BEM
Por: DUDU OLIVA

Quando as pessoas de bem dormem...
Os piolhos fazem festa na cabeça das crianças;
Que estão num sono profundo;
O homem solitário goza num travesti;
Que sonha em ser uma atriz famosa da TV e beijar um galã de novela;
Alguém tem insônia e vê algum filme pornô;
Outros vagam por becos, perdidos na vida;
Prostituta é espancada pelo cafetão;
Os ratos destruindo móveis e andando em cima da pia;
O menor abandonado fugindo para não ser molestado...
Amanhece, as pessoas de bem acordam;
Levam os filhos à escola e depois vão trabalhar;
Fingem que vivem a realidade do dia a dia;
Aliás, quando o sol nasce, sempre é bom varrer a sujeira para debaixo do tapete;
Para que as outras pessoas tenham boa impressão de sua casa;
A primeira impressão é a que fica.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007



O PRÍNCIPE DAS MARÉS









Ecos escuros

Por: Gabriela Cuzzuol
16 de setembro de 2006.



Nas horas do dia infindável,
Nos ecos dos gritos profundos,
Ninguém chega perto de ti;

Na dor da incerteza abstrata;
Nos elos de sons absurdos;
Ninguém, nunca, se aproxima de ti;

Em cores da vida velada;
E tempos de silêncio amável,
Humanos não se comparam a ti,

O que queres dentro dos sonhos escuros?
O que fazes habitando existências turvas?
E porque nada, nunca, chega perto de ti?





Em tempos de "falta de explicação", época de plantação silenciosa, uma que eu fiz há eras...
Quando ainda eras...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

JUSTIÇA (TYTA)







Pintura de: Tom G. PALMER






JUSTIÇA

TYTA






VAMOS MALHAR O JUDAS;


VAMOS JULGAR ESTE HOMEM QUE FEZ A DIFERENÇA NA NOSSA EXISTÊNCIA;


VAMOS MALHAR O JUDAS;

NÃO FOSSE POR ELE, JESUS O FILHO NÃO TERIA MORRIDO;


NÃO TERIA NOS SALVADO;


SERÍAMOS PAGÃOS NESSE MUNDO CONDENADO;


VAMOS JULGAR HITLER POR TODAS AS MORTES;


POR FAZER COM QUE OS JOVENS DE SUA ÉPOCA TIVESSEM IDEAIS,


LUTASSEM PELA RAÇA PURA;


VAMOS JULGAR HITLER;


UM MESTIÇO;


UM ADMINISTRADOR QUE FEZ COM QUE OS ALEMÃES ACREDITASSEM QUE ELE ERA UM DELES;


VAMOS JULGAR MARCOLA, O POLIGLOTA;


O LIDER QUE DENTRO DE UMA CADEIA DOMINOU UM ESTADO POR UMA SEMANA;


CAUSANDO PANICO ATÉ NAQUELES QUE DEVERIAM NOS PROTEGER;

VAMOS ATIRAR;


A PRIMEIRA PEDRA NOS QUE ERRAM;


NOS TOLOS QUE TEM UM OBJETIVO DIFERENTE DO NOSSO;


VAMOS JULGAR LULA;


NOSSO PRESIDENTE QUE COMPRA CDS PIRATAS E TEM MEDO DE ANDAR DE AVIÃO;


EM SÃO PAULO VAMOS APEDREJAR;


VAMOS CRUCIFICAR TODAS ESSAS PESSOAS QUE MANDAM;


QUE FAZEM COISAS ERRADAS.........


E, QUE , DE CERTA FORMA, NÓS OBEDECEMOS!



Eu não concordo com a idéias, mas gostei da amarração, do arranjo, e particularmente ADORO a escritora!
Ah TYTA, que bom será assinar livro ao seu lado, menina!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


(VINER)




" ... Ela não passou, não conseguiu.Deu errado, não era pra ser. Oito vírgula sete, nota máxima.Não foi o suficiente.
Lembrei-me de mim, há alguns anos. No meu caso havia sido nove, aí veio alguém e disse :
"_ Olha, você é realmente excelente, muito boa mesmo, mais tenho compromisso com um dos meus alunos. Fica para o próximo ano."
O olhei profundamente. Vontade de esmurrar-lhe a cara cheia de poder...
Na impossibilidade, sentei no canto e chorei, conformando-me com minha própria insignificância diante do mundo.
Ele nunca mais seria o mesmo, após aquela elegante marretada. Uma nova forma de soco, violência oblíqua e aguda...
Destruir uma existência é tão simples, que beira a banalidade...
...E ao vê-la assim,num canto, prostrada e "cheia de cortes", eu estava certa de que o dela também não seria...
E sim, era por isso que me doía tanto..."
FRAGMENTO de "DE AMOR E DE DEUS", meu romance de estréia.

domingo, 4 de novembro de 2007

TORDESILHAS- as últimas.


Terminou hoje...
Minhas entrevistas saíram: LINDAS! Com dois artistas incríveis, que eu conheci por aquelas banda.
Maria Eugência Lopez tem uma energia "transmissível"...
Me interessei pelo trabalho dela assim que soube, (antes de tudo começar), que ela organizava oficinas em presídios.Nada mais essencial!
O João Miguel Henriques, me foi "escolha de última hora". A opção incial era o Javier Diaz, porém, para a abordagem combinada com o Reynado lá da WEBLIVROS, achei que um português teria mais a ver...
Abri o livro e "caí de amores"!Para quem se interessar, ele está em
Junto com eles, Virna TEixeira, organizadora do festival , representando a parte "brasileira" do trio.
Tenho também o material para a puta do Rio, com a qual colaborou o Leonardo Gandolfi (também não conhecia), professor da UFRJ.
Ah, ganhei ainda outros dois livros: a Antologia de um grupo de jovens poetas (obrigada Ivan Antunes), o já mencionado "FIN DE SIÉCLE"(gracias Maria Eugênia Lopez) e a"URDIDURA da TRAMA"( presente do Victor del Franco). Meu primeiro contato com a publicação foi excelente
( e isso não acontece assim tão fácil). Falo mais sobre a URDIDURA em um outro post...
E tenho que comentar também, o "Longe D'água", que recebi do Michel Laub, tão gentilmente outro dia lá, na TV Cultura.
Assim que terminar...
E agora, de volta a "vida real", voltar à poesia...
Mais coisas, terça-feira: lá pelas "léguas"da WEBLIVROS.

Sensação Autobiográfica (NERUDA)


MOULIN GALETTE
(Renoir)

SENSAÇÃO AUTOBIOGRÁFICA
PABLO NERUDA

"...És pouquíssimas coisas na vida.

É que esta vida não me entregou tudo o quanto lhe entreguei;

E equacional e altivo;

Me rio da ferida...

a dor na minha alma é como dois pra três!..."

(Estrofe 2)

sábado, 3 de novembro de 2007

TORDESILHAS- Dia 2



O Público na Academia Internacional de Cinema



As amigas-irmãs. Comigo até na hora de trabalhar!


Sobre a sessão do TORDESILHAS, da
qual participei hoje, tenho pouco a dizer:


"E pouco saber, mas muita alegria é dada aos mortais..." Hölderlim



Hoje ,sábado na sessão de pocket shows lá do FESTIVAL TORDESILHAS.Em meio a toda aquela compenetração, que eu sentia a falta "deles", mais do que tudo.E, na espera da "retranca"que me prmitiria passar uma de minhas entrevistas necessárias, me lembrava dos POETAS amigos e dos encontros abençoados por Deus, regados à alegria, muita alegria...
Samara, Binho, Tyta e adjacências (que sabem muito bem quem são), não tem a menor noção da diferença vossas presenças "magnânimas" fazem.
E na falta deles,"queridos tanto", vai aí uma do Binho:



SOBRAS
Por: Fábio Santos.


Quando o impulso fluido
incandescente homicida
de minha tênue parca vida
for apenas pós esvaído
talvez o verbo frígido
que me serve de apelido
também se estire rígido
num arquivo esquecido.

II
Ter pele e carne e idéia
é um instante de loucura
o agora de uma cena futura
palco escuro muda platéia.

Nem a pedra nem o rio:
ser é apenas ser agora
hora vomitando a própria hora
e a sombra de um solo tardio.

III
E também olhar a folha
que
cai
sem
medo
de
não
ser.
E nada das minhas entrevistas...




Minha cobertura do TORDESILHAS não está rolando...

Tenho tentado, mas a MOSTRA e a chuva torrencial que possui um poder atrasador incomensurável!
Dois artigos me esperam, escrevê-los-ei...
Será que eu consigo as entrevistas das quais preciso?
Quem sabe?

Lá vou eu, na tentativa...