tag:blogger.com,1999:blog-55716636383266489382024-03-19T01:58:28.421-07:00HOME OF BRAVEUMA CASA
DE BRAVOS...
ENTRE SE
FOR CAPAZ...feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.comBlogger149125tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-84073620914308255312010-01-10T10:29:00.000-08:002010-01-10T10:39:32.314-08:00Receita de um ano bom...<div><br /></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 13px; border-collapse: collapse; line-height: 17px; "><h1 style="font: normal normal bold 20px/normal verdana, sans-serif; margin-top: 0px; ">Receita para um ano bom</h1><div class="ad1" id="articleButton" style="display: block; width: 180px; height: 170px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 10px; border-bottom-width: 10px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(255, 255, 255); float: right; text-align: right; font-size: 9px; font-family: arial, sans-serif; text-transform: uppercase; ">PUBLICIDADE<br /><a target="_blank" href="http://bn.uol.com.br/event.ng/Type=click&FlightID=73705&AdID=223625&TargetID=10344&ASeg=&AMod=&Segments=138,386,397,439,500,544,866,882,1451,2408,2696,2871,3172,3334,3605,3680,4309,4780,4986,5609,5930,6151,6301,6593,6594,6727,6891,6892,6894,7751,7874,8209,9137,9196,9244,9279,9396,9413,9489,9526,9550&Targets=438,10906,6444,883,3068,3881,4361,7417,7706,8342,8339,8529,11560,10344,12123&Values=30,50,60,80,101,110,150,200,209,211,347,350,370,382,390,409,484,958,998,1039,2117,11585,12347,12349,12351,12568,12971&RawValues=&Redirect=http://livraria.folha.com.br/catalogo/1017346/le-cordon-bleu-todas-as-tecnicas-culinarias" style="color: rgb(0, 0, 102); text-decoration: underline !important; "><img src="http://bn.i.uol.com.br/0912/folha/livraria/14/folha-livraria_180x150_cordon.gif" border="0" height="150" width="180" alt="" /></a></div><div id="articleBy" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal verdana, sans-serif; line-height: 17px; "></div><p>Há vários tipos de anos bons, depende do freguês.</p><p>Esta receita corresponde apenas ao gosto do autor, que ousa compartilhá-la.</p><p>Primeiro passo: pegue um ano novinho em folha.</p><p>Segundo passo: vá juntando com carinho e arte os seguintes ingredientes (não precisa mexer muito!):</p><p>Sábados de Sol<br />Filhos por perto<br />Amigos novos<br />Velhos amigos<br />Tempo para pensar<br />Prazer em trabalhar<br />Muita risada<br />Um pouco de seriedade<br />Praia para caminhar<br />Água fria e quentinha também<br />Rio, a cidade e os próprios<br />Cidade a escolher: Firenze, Paris, Praga<br />Dois passeios de bicicleta<br />Um passeio de bicicleta a dois<br />Beijinhos<br />Um chapéu confortável<br />Uma calça larga<br />Um sapato velho --pode ser tênis<br />Algumas taças de espumante<br />Frutas: vermelhas, verdes, amarelas...<br />Ar-condicionado<br />Cobertor<br />Um carro que polua menos<br />Um ou dois "bom dia, vizinho!"<br />Crianças<br />Cinema<br />Samba<br />Tardes claras<br />Manhãs livres<br />Árvores floridas<br />Estradas desertas (em caso de feriados)<br />Velocidade permitida<br />Um elogio<br />Um bônus<br />Pai, mãe, ainda que em lembrança<br />Cravos, da índia e/ou da floricultura<br />Menos, um pouco menos de trabalho duro<br />Mais, um pouco mais de ócio<br />Três bons livros<br />Uma canção suave<br />Um poema inspirador<br />Um texto impecável<br />Um punhadinho de boas notícias<br />Boa vontade<br />Disposição</p><p>Ao misturar tudo, perceba que logo surgem saúde e alegria.</p><p>Pronto!</p><p>Consumir, sem moderação, sempre que der vontade.</p><p><br /></p><p><br /></p><p>Do Caversan, sempre excelente! Para começar bem!</p></span></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-88750281653169033052009-11-14T17:28:00.000-08:002009-11-14T17:33:41.546-08:00Tempo de balada...Para voltar aqui das profundezas da agitação da vida, venho contar que dia 19 começa a<br /><br /> BALADA LITERÁRIA<br /><br />evento anual que o Marcelino Freire organiza e que bomba de autores, editores, jornalistas e toda a gente que curte cerveja, livros e papo...<br /><br /><br />Esse ano homenagens a João Ubaldo, "Dona Lygia" (Sim, a Fagundes Telles), show da Fabiana Cozza, lançamento do livro do Fred ( Barboza- lá da adorada Casa das Rosas) e inúmeras outras coisas imperdíveis.<br /><br />Se não estiver pelas ondas da ilha, de lá não saio e de lá ninguém me tira...<br /><br />Para saber mais:<br /><br /><br /><a href="http://www.baladaliteraria.zip.net/">www.baladaliteraria.zip.net</a>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-86654149255561614852009-07-12T15:51:00.000-07:002009-07-15T09:49:52.259-07:00Sobre um monte de nada...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjze7Fjya321QQwGcneUoEZtkiXm4O36k5jnQpBd6lI4nhDw2wZfbEp9KHzINtbTcaqHViH3LX9UKrpUNIArq8Wzp066GjV8v2L_LcqZ_T2sGn-mi80-zv38KhGTMvENHp-IYE-pvd9VLoU/s1600-h/book.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 308px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357711489382632818" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjze7Fjya321QQwGcneUoEZtkiXm4O36k5jnQpBd6lI4nhDw2wZfbEp9KHzINtbTcaqHViH3LX9UKrpUNIArq8Wzp066GjV8v2L_LcqZ_T2sGn-mi80-zv38KhGTMvENHp-IYE-pvd9VLoU/s320/book.bmp" /></a><br /><div><span style="font-size:78%;">imagem:maniadehistoria.wordpress.com</span></div><div><span style="font-size:78%;"></span></div><div><span style="font-size:78%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">Enquanto os Deuses da arte negam-me autorização para contar da FLIP, contento-me com os comentários dos outros...</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">Já que ainda não posso misturar tudo, fazer a miscelânia permitida aos que devaneiam, aos sortudos que não precisam ser fiéis so concreto, calo-me esperando a autorização certa de falar do últimos sonhos que vivi (e não viva um há tempos...).</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">E eis que outro dia, em meio a uma peça de teatro, descobri do porque de cantar os sonhos:</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">"_Sonho não mata fome!", disse ela.</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">"_Sim, mas talvez após ouvir-me o senhor siga um trecho mais em paz."</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">Pronto. Quase trinta anos de indagações e três segundos para a resolução:</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">é para isso que precisa-se da arte até o limite: porque de trecho em trecho, que sabe assim, haja um motivo para seguir por esses caminhos (tão habitados or sombras), mais em paz...</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">Divagações a parte, o blog do Marcelino Freire </span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">(<a href="http://www.eraodito.blogspot.com/">http://www.eraodito.blogspot.com/</a>), trouxe um texto legalzinho sobre a FLIP (meio carregadinho de palavrões, meio too contemporary for my taste, mas ainda vale bem a leitura).</span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">E a "boa do ANO" é que eu vou me juntas a mais uns 4 ou 5 amigos lunáticos para falarmos de literatura...e o texto do CAIO FERNANDO, aí em baixo, deve ser uma de nossas primeiras vítimas...</span></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-19233934107132309352009-07-12T15:31:00.000-07:002009-07-12T15:51:33.238-07:00CARTA A ZÉZIM<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinYcv3nkTiEu_XHVvNQDqWbmUSN7CD8Qq8w-IpTc34QKoypoOncbH2NanZMcNbqf1Fkd9C5RYxWovyPlKDtmMphxIUKbxXHf2_auufjzGPZrP6R9ZUsklk_nDk019iolaNpcwCBRIX8qGC/s1600-h/cartas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357709700869426306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinYcv3nkTiEu_XHVvNQDqWbmUSN7CD8Qq8w-IpTc34QKoypoOncbH2NanZMcNbqf1Fkd9C5RYxWovyPlKDtmMphxIUKbxXHf2_auufjzGPZrP6R9ZUsklk_nDk019iolaNpcwCBRIX8qGC/s320/cartas.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="justify">Zézim,</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">cheguei hoje de tardezinha da praia, fiquei lá uns cinco dias, completamente só (ótimo!), e encontrei tUa carta. </div><br /><div align="justify">Esses dias que tô aqui, dez, e já parece um mês, não paro de pensar em você. </div><br /><div align="justify">Tou preocupado, Zézim, e quero te falar disso. Fica quieto e ouve, ou lê, você deve estar cheio de vibrações adeliopradianas e, portanto, todo atento aos pequenos mistérios. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">É carta longa, vai te preparando, porque eu já me preparei por aqui com uma xícara de chá Mu, almofada sob a bunda e um maço de Galaxy, a decisão pseudo-inteligente.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Seguinte, das poucas linhas da tua carta, 12 frases terminam com ponto de interrogação. São, portanto, perguntas. Respondo a algumas. A solução, concordo, não está na temperança. Nunca esteve nem vai estar. Sempre achei que os dois tipos mais fascinantes de pessoas são as putas e os santos, e ambos são inteiramente destemperados, certo? Não há que abster-se: há que comer desse banquete. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Zézim, ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. </div><br /><div align="justify">Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo): </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">“Caminante, no hay camino. Pero el camino se hace ai anda”.</div><br /><div align="justify">Mais: já pensei, sim, se Deus pifar. E pifará, pifará porque você diz: </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"Deus é minha última esperança". </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Zézim, eu te quero tanto, não me ache insuportavelmente pretensioso dizendo essas coisas, mas ocê parece cabeça-dura demais. Zézim, não há última esperança, a não ser a morte. Quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. Tudo é maya / ilusão. Ou samsara / círculo vicioso.Certo, eu li demais zen-budismo, eu fiz ioga demais, eu tenho essa coisa de ficar mexendo com a magia, eu li demais Krishnamurti, sabia? E também Allan Watts, e D. T. Suzuki, e isso freqüentem ente parece um pouco ridículo às pessoas. Mas, dessas coisas, acho que tirei pra meu gasto pessoal pelo menos uma certa tranquilidade.Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tudo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Você tá ansioso e isso é muito pouco religioso. Pasme: acho que você é muito pouco religioso. Mesmo. Você deixou de queimar fumo e foi procurar Deus. Que é isso? Tá substituindo a maconha por Jesusinho? </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Zézim, vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Sei que não é simplório assim, e tem mil coisas outras envolvidas nisso. Mas de repente você pode estar confuso porque fica todo mundo te cobrando, como é que é, e a sua obra? Cadê o romance, quedê a novela, quedê a peça teatral? DANEM-SE, demônios. Zézim, você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza, você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco. Não tem demônio nenhum se interpondo entre você e a máquina. O que tem é uma questão de honestidade básica. Essa perguntinha: você quer mesmo escrever? Isolando as cobranças, você continua querendo? Então vai, remexe fundo, como diz um poeta gaúcho, Gabriel de Britto Velho, </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"apaga o cigarro no peito / diz pra ti o que não gostas de ouvir / diz tudo".</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida. Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud. É esse tipo de criador que você quer ser? Então entregue-se e pague o preço do pato. Que, frequentemente, é muito caro. Ou você quer fazer uma coisa bem-feitinha pra ser lançada com salgadinhos e uísque suspeito numa tarde amena na Cultura, com todo mundo conhecido fazendo a maior festa? Eu acho que não. </div><br /><div align="justify">Eu conheci / conheço muita gente assim. E não dou um tostão por eles todos. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A você eu amo. Raramente me engano. Zézim, remexa na memória, na infância, nos sonhos, nas tesões, nos fracassos, nas mágoas, nos delírios mais alucinados, nas esperanças mais descabidas, na fantasia mais desgalopada, nas vontades mais homicidas, no mais aparentemente inconfessável, nas culpas mais terríveis, nos lirismos mais idiotas, na confusão mais generalizada, no fundo do poço sem fundo do inconsciente: é lá que está o seu texto. Sobretudo, não se angustie procurando-o: ele vem até você, quando você e ele estiverem prontos. Cada um tem seus processos, você precisa entender os seus. De repente, isso que parece ser uma dificuldade enorme pode estar sendo simplesmente o processo de gestação do sub ou do inconsciente.E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente.Ou então vá fazer análise. Falo sério. Ou natação. Ou dança moderna. Ou macrobiótica radical. Qualquer coisa que te cuide da cabeça ou/ e do corpo e, ao mesmo tempo, te distraia dessa obsessão. Até que ela se resolva, no braço ou por si mesma, não importa. Só não quero te ver assim engasgado, meu amigo querido.Pausa. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Quanto a mim, te falava desses dias na praia. Pois olha, acordava às seis, sete da manhã, ia pra praia, corria uns quatro quilômetros, fazia exercícios, lá pelas dez voltava, ia cozinhar meu arroz. Comia, descansava um pouco, depois sentava e escrevia. Ficava exausto. Fiquei exausto. Passei os dias falando sozinho, mergulhado num texto, consegui arrancá-lo. Era um farrapo que tinha me nascido em setembro, em Sampa. Aí nasceu, sem que eu planejasse. Estava pronto na minha cabeça. Chama-se "Morangos mofados", vai levar uma epígrafe de Lennon & McCartney, tô aqui com a letra de Strawberry fields forever pra traduzir. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Zézim, eu acho que tá tão bom. Fiquei completamente cego enquanto escrevia, a personagem (um publicitário, ex-hippie, que cisma que tem câncer na alma, ou uma lesão no cérebro provocada por excessos de drogas, em velhos carnavais, e o sintoma — real — é um persistente gosto de morangos mofados na boca) tomou o freio nos dentes e se recusou a morrer ou a enlouquecer no fim. Tem um fim lindo, positivo, alegre. Eu fiquei besta. O fim se meteu no texto e não admitiu que eu interferisse. Tão estranho. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Às vezes penso que, quando escrevo, sou apenas um canal transmissor, digamos assim, entre duas coisas totalmente alheias a mim, não sei se você entende. Um canal transmissor com um certo poder, ou capacidade, seletivo, sei lá. Hoje pela manhã não fui à praia e dei o conto por concluído, já acho que na quarta versão. Mas vou deixá-lo dormir pelo menos um mês, aí releio — porque sempre posso estar enganado, e os meus olhos de agora serem incapazes de verem certas coisas. Aí tomei notas, muitas notas, pra outras coisas. A cabeça ferve. Que bom, Zézim, que bom, a coisa não morreu, e é só isso que eu quero, vou pedir demissão de todos os empregos pela vida afora quando sentir que isso, a literatura, que é só o que tenho, estiver sendo ameaçada como estava, na Nova.E li. Descobri que ADORO DALTON TREVISAN. Menino, fiquei dando gritos enquanto lia A faca no coração, tem uns contos incríveis, e tão absolutamente lapidados, reduzidos ao essencial cintilante, sobretudo um, chamado "Mulher em chamas". Li quase todo o Ivan Ângelo, também gosto muito, principalmente de "O verdadeiro filho da puta", mas aí o conto-título começou a me dar sono e parei. Mas ele tem um texto, ah se tem. E como. Mas o melhor que li nesses dias não foi ficção. Foi um pequeno artigo de Nirlando Beirão na última IstoÉ (do dia 19 de dezembro, please, leia), chamado "O recomeço do sonho". Li várias vezes. Na primeira, chorei de pura emoção - porque ele reabilita todas as vivências que eu tive nesta década. Claro que ele fala de uma geração inteira, mas daí saquei, meu Deus, como sou típico, como sou estereótipo da minha geração. Termina com uma alegria total: reinstaurando o sonho. É lindo demais. É atrevido demais. É novo, sadio. Deu uma luz na minha cabeça, sabe quando a coisa te ilumina? Assim como se ele formulasse o que eu, confusamente, estava apenas tateando. Leia, me digao que acha. Eu não me segurei e escrevi uma carta a ele dizendo isso. Não sou amigo dele, só conhecido, mas acho que a gente deve dizer.Escrevendo, eu falo pra caralho, não é?Aqui em casa tá bom. É sempre um grande astral, não adianta eu criticar. O astral ótimo deles independe da opinião que eu possa ter a respeito, não é fantástico? A casa tá meio em obras, Nair mandou construir uma espécie de jardim de inverno nos fundos, vai ligar com a sala. Hoje estava pUta porque o Felipe não vai mais fazer vestibular: foi reprovado novamente no 3º colegial. Minha irmã Cláudia ganhou uma Caloi 10 de Natal do noivo (Jorge, lembra?), e eu me apossei dela e hoje mesmo dei voltas incríveis pelo Menino Deus(?). Márcia tá bonita, mais adultinha, assim com um ar meio da Mila. Zaél cozinhando, hoje faz arroz com passas para o jantar.Povos outros, nem vi. Soube que A comunidade está em cartaz ainda e tenho granas pra receber. Amanhã acho que vou lá.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Tô tão só, Zézim. Tão eu-eu-comigo, porque o meu eu com a família é meio de raspão. Tá bom assim, não tenho mais medo nenhum de nenhuma emoção ou fantasia minha, sabe como? Os dias de solidão total na praia foram principalmente sadios. Ocê viu a Nova? Tá lá o seu Chico, tartamudeante, e uma foto muito engraçada de toda a redação — eu com cara de "não me comprometam, não tenho nada a ver com isso". Dê uma olhada. Falar nisso, Juan passou por aqui, eu tava na praia, falou com Nair por telefone, estava descendo de um ônibus e subindo noUtro. Deixou dito que volta dia três de janeiro ou fevereiro, Nair não lembra, pra ficar uns dias. Ficará? E nada acontecerá. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Uma vez me disseram que eu jamais amaria dum jeito que "desse certo", caso contrário deixaria de escrever. Pode ser. Pequenas magias. Quando terminei "Morangos mofados", escrevi embaixo, sem querer, "criação é coisa sagrada”. É mais ou menos o que diz o Chico no fim daquela matéria. É misterioso, sagrado, maravilhoso.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Zézim, me dê notícias, muitas, e rápido. Eu não pensei que ia sentir tanta falta docê. Não sei quanto tempo ainda fico, mas vou ficando. Quero escrever mais, voltar à praia, fazer os documentos todos. Até pensei: mais adiante, quando já estivesse chegando a hora de eu voltar, você não queria vir? A gente faria o mesmo esquema de novo, voltaríamos juntos. A família te ama perdidamente, hoje pintaram até uns salseirinhos rápidos porque todo mundo queria ler a matéria do Chico ao mesmo tempo:</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"Let me take you downcause I’m going to strawberry fields</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">nothing is real, and nothing to get hung about </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">strawberry fields forever</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">strawberry fields forever</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">strawberry fields forever</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Isso é o que te desejo na nova década. Zézim, vamos lá. Sem últimas esperanças. Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias. E nenhuma, fora de viver cada vez mais plenamente, mais confortáveis dentro do que a gente, sem culpa, é. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Let me take you: I’m going to strawberry fields.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Me conta da Adélia.E te cuida, por favor, te cuida bem. Qualquer poço mais escuro, disque 0512-33-41-97. Eu posso pelo menos ouvir. Não leve a mal alguma dureza dita. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">É porque te quero claro. Citando Arantes, pra terminar: </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"Eu quero te ver com saúde I sempre de bom humor e de boa vontade".</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Um beijo do Caio </div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-44390439995173046722009-06-27T21:09:00.000-07:002009-06-27T21:39:34.981-07:00Aos que não amam!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz8hHN9tzZanb8coF5DpuZa5SvaM9rXOAmZLa6UA3RUEb8Q1DYr4bq9zQXVkdrZ1MxysgkVTL1hmFqDYTLJA71nsn0AYO_D4S-jltLlSy8qqhq5eTfBsfr2Pc8CbpmyTSvKUz12Hrvptbw/s1600-h/madona+sistina.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352228687405387778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 171px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz8hHN9tzZanb8coF5DpuZa5SvaM9rXOAmZLa6UA3RUEb8Q1DYr4bq9zQXVkdrZ1MxysgkVTL1hmFqDYTLJA71nsn0AYO_D4S-jltLlSy8qqhq5eTfBsfr2Pc8CbpmyTSvKUz12Hrvptbw/s320/madona+sistina.bmp" border="0" /></a><br /><div></div><br /><p> </p><p>Gente não apaixonada também gosta de música...</p><p>E eis que à beira de iniciar um novo Summerset Maughan, narrativa sobre a realidade da vida, e às vesperas de assistir a <em>Vesperais na Janela, sobre a vida do GUIMARÃES ROSA, e sim, houve um tempo em que escritor sofria...</em></p><p>E eis que estou às vesperas de ir pra FLIP, doida para assistir ao CHICO e quase certa de que ( como sempre) não dará tempo..</p><p>Sim, eu também acho que ele é cantor, mas dentre uns 3 ou 4 incríveis que darei um jeito de presenciar, queria ver os olhos azuis sem seu fiel escudeiro, o violão...</p><p>Mas como o assunto aqui é desamor e adjacência, vão algumas músicas para os desapaixonados como eu, que não entendem o porque das melhores músicas sempre falarem de amor.</p><p>Três vídeos BEM para pessoas que amam ( talvez até por isso, absolutamente lindos):</p><p> </p><p>Tá em mim- </p><p>Vanessa Rangel</p><p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=E1U9lx0CXMo">http://www.youtube.com/watch?v=E1U9lx0CXMo</a></p><p> </p><p>ANJO- Saulo e Daniela ( não é dupla sertaneja, são sim os dois do Axé BAHIA):</p><p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=MFasrcHndYk">http://www.youtube.com/watch?v=MFasrcHndYk</a></p><p> </p><p>Pensar em Você - Dani e Ivete (diretamente do Senhor do Bonfim):</p><p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=8SRMFSCBEPc&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=8SRMFSCBEPc&feature=related</a></p><p> </p><p> </p><p>E amanhã falo mais...</p><p> </p><p> </p>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-62600620948244690182009-06-25T20:11:00.000-07:002009-06-27T09:30:45.149-07:00FIM DE CRISESPararei de ter crises. Já que, na verdade, as invento.<br />Passei do tempo em que as sentia verdadeiramente. Agora andam brancas e ocas...<br /><br />Havia abandonado isso aqui, como de costume, e um comentário anônimo que acho que sei de que é, mais outro de alguém bem identificada, mais dois falados, me lembraram de que faz tempo que não perco tempo comigo mesma.<br /><br />Verdade, nem o salão, nem os livros.<br /><br />Sim, são muitos. Não meus.<br /><br />E eu poderia falar da sensação de receber, nas mãos, os primeiros livros que assinei pela Universo, ou de como adoro o processo de fazê-los; quem sabe contar das incríveis pessoas que lá conheci e de como é bom...<br /><br />Ou optar por ser menos "Alice no país das maravilhas" e narrar o turbilhão e as frustrações de "cometer" 8 livros por mês, ou da morte de Michael Jackson (sim, sim em 12 segundos) ou de saudade e falta de compreensão...<br /><br />Mas me calo, porque aprendi que a vida se passa enquanto refinamos e olhar. E na minha, especificamente, este é um processo tão complexo e delicado, que ao mesmo tempo em que me curvo ao silêncio, ocorrem livros diários...<br /><br />Há tanto...<br /><br /><br />E no mundo literário:<br /><br /><br />São tempos de FLIP (nós, as meninas e eu vamos)<br /><br /><br /><a href="http://www.flip.org.br/programacao_2009.php?programacao=casa_cultura">http://www.flip.org.br/programacao_2009.php?programacao=casa_cultura</a><br /><br /><br />E lá eu queria assistir à mesa do marcelino freire, mas as melhores coisas são sempre quando não podemos ir...feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-55174223320025842622009-06-02T19:13:00.000-07:002009-06-02T19:22:50.857-07:00A volta da Filha PródigaChagará o dia em que passarei por aqui sempre, tal qual oração que eu nunca deixo de fazer...<br /><br />Por enquanto, conto que é fechamento na editora, a vida tem andado rápida...<br /><br />E sim, na próxima semana, é tempo de voltar ao mar!feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-80145780736156297192009-05-23T19:32:00.000-07:002009-05-23T19:43:33.465-07:00Sobre o AMOR<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ4OcKmNnMcigFgNIOpMcp6ZcZ5OiLWvuSgTOPNb_u6OGPfdUjAedTRq5CCK2HJcN54Vjz_KKQb7TO0P5FAGl9LZa68jJ9kKBRbdEnMM36XawK5m-LYaOSxKkGh2dcvlSnQLDFOry5POEp/s1600-h/almas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339215068150956850" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ4OcKmNnMcigFgNIOpMcp6ZcZ5OiLWvuSgTOPNb_u6OGPfdUjAedTRq5CCK2HJcN54Vjz_KKQb7TO0P5FAGl9LZa68jJ9kKBRbdEnMM36XawK5m-LYaOSxKkGh2dcvlSnQLDFOry5POEp/s320/almas.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><span style="font-size:180%;">" O amor é a soma de duas solidões: que se tocam, saudam e se protegem". </span><span style="font-size:100%;">(RILKE)</span></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Li hoje isso num livro da Ediouro sobre o AMOR. Achei lindo, incrível, espetacular... (RILKE né?)</div><div> </div><div>Aí fiquei pensando no porque as pessoas fazem tanto esforço para conceituar o amor....</div><div>E em porque formatá-lo é tão importante....</div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-44779773844423908582009-05-01T18:43:00.001-07:002009-05-01T18:43:32.900-07:00feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-50607656831674913162009-04-28T22:23:00.000-07:002009-04-28T22:34:25.666-07:00Dores e recordações...Eis que hoje fui à uma palestra no GOETHE sobre venda de direitos autorais à empresaas do exterior. Boa, informativa, prática e direta...<br /><br />Nem parecia uma palestra, mais uma dica de coisas úteis para possibilitar intercâmbio internacional de idéias...<br /><br />Super, super...<br /><br /><br /><span style="font-family:arial;">E enquanto eu não tenho pistas de quanto pararei de sentir saudades DELA ( e não, eu não sou gay), continuo a inventar beleza nas minimices da vida....</span><br /><span style="font-family:arial;">Como ela fazia...</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">E foi legal reencontrar um texto que escrevi nos primórdios da minha carreira (de jornaleira, não de editora)... hahaha</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Meu Deus, quanta mudança de lá pra cá...</span><br /><br /><br />Para quem quiser se alguém quiser:<br /><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">LEMBRANÇAS DE UM DIA FELIZ</span><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">Sim, nós somos iBest!</span><br /><br /><br /><a href="http://www.sanainside.com/arquivos-do-central-da-musica"><span style="font-size:78%;">Texto publicado originalmente na Central da Musica</span></a><br /><span style="font-size:78%;"></span><br /><span style="font-size:78%;">Por Gabriela Cuzzuol em 10/5/2003 - 13:18:30</span><br /><br /><div align="justify"><br />O dia 6 de maio de 2003 marcou uma cena singularmente pitoresca. Globais, empresários, profissionais de imprensa de todo o país em um momento de badalação que, se não fosse tão importante e especial, poderia ser considerado mais uma de nossas muitas tentativas “terceiro mundanas” de nos equipararmos a Hollywood.<br />Seja pela beleza do povo ou pelo nervosismo que, em suas devidas proporções era o máximo que se podia sentir, a celebração do iBest 2003 teve, para um país em crise, ares de Oscar “sem nenhum aspecto Tupiniquim”. Sob o ponto de vista pessoal e mais do que isso, passional, a equipe do Central da Música não estava se sentindo diferente. Assim como os demais colegas, alguns parceiros e concorrentes, éramos mais uns na multidão, alegres por termos chegado tão longe e esperando, como quase todos, vencer.<br />Ah, sim, apenas participar já era uma vitória; perder, como já aconteceu, seria aprendizado muito positivo, mas, a verdadeira expectativa e desejo mais sincero era igual ao de todos os concorrentes, ou seja, a vitória.<br />Enquanto para alguns a estatuetinha do badalado prêmio iBest resulta em contratos publicitários avaliados em muitas cifras, para outros, inclui-se neste grupo nós, só a satisfação de termos sido colocados ali por vocês, público que sabe que não somos “tão especialistas assim”, nem tão “intelectuais assim”, nem diferentes de vocês (que só Deus sabe onde estão) e que, assim totalmente igualzinho a vocês amamos música e a valorizamos, com tanta intensidade que fez chegar até vocês e fazer com que se tornasse importante não só para a gente, mas para vocês, público e razão de todo o nosso trabalho.<br />Marília Gabriela falando de seu Gianne e entrevistas, Mesquita e Astrid Fontenelle falando sobre fofoca, Sabrina do Big Brother falando sobre… bem sobre nada muito relevante, Groisman falando sobre o que ele sempre fala e profissionais da Web com muitos e diferentes discursos de “15 segundos”, maioria dos quais emotivamente sem conteúdo. No iBest quase tudo é permitido, perdoado e possível! Afinal, sim, eles ( e nós- graças a vocês- somos iBest)!<br />Mas e a música (afinal, isso não é coluna social )?<br />A banda era a “quase famosa “ Funk como Le Gusta, que produz um som gostoso e interessante. Talvez pelo fato da premiação abordar muitas áreas a música acabou ficando em segundo plano no contexto do grande iBest show. O “Mestre de cerimônias” Luciano Huck chamava o grupo todo o tempo (o que fez parecer que eles tocaram em troca de publicidade), e o som era uma espécie de música ambiente. Nos intervalos rolava, juntamente com a champagne, sushi, coração na mão, expectativa e curiosidade que a imprensa disfarçava a todo o custo, som mecânico, porém com um certo nível de seleção. Quem foi à festa esperando dançar ou curtir uma boa música ao longo da noite, saiu frustrado.<br />A comemoração terminou ao fim da entrega de prêmios e quem quisesse dançar que procurasse entre as muitas opções paulistanas ( a mais próxima era a boite de eletrônica LOV.E, a cerca de 30 passos dali).<br />Arte, soberana arte<br />O Central (isso, nós mesmos) levou o primeiro lugar na categoria Regional Espírito Santo, estado onde se localiza nossa nada convencional redação. Entre páginas de jornais, revistas, empresas, ongs sérias e nem tão sérias assim, política, esoterismo, mulher pelada, jogo sabe Deus do que, fofoca sobre vizinhos e artistas globais e “otras muchas cositas mas”, o público escolheu a nós, veículo informativo a respeito de música. Dentre os mais de 300 concorrentes, muitos dos quais muito bem feitos e interessantes, nós e pessoal do Upa fomos lá representar o povo capixaba, e falando de música, ou seja de arte. O que é mais legal é que o Estado tem estado famoso por denúncias de corrupção, prisão de nosso ex-presidente da Assembléia Legislativa, crime organizado e coisas do gênero. Aí o pessoal vai lá e escolhe o assunto Arte, ou seja beleza e positividade.<br />A equipe da Central espera poder estar fazendo um trabalho que corresponda às expetativas, porque apesar das muitas falhas, somos motivados pela mesma visão que vocês, ou seja, acreditamos que a arte, em suas muitas formas, é uma das coisas mais positivas que o homem já foi capaz de fazer em todos os tempos.<br />É por isso continua sendo, ao longo dos anos, tão importante para pessoas tão diferentes e em contextos diferentes. É a arte (e a música, por ser tratar da mais popular manifestação) que contará às próximas gerações quem fomos e o que fazíamos, nós, meros mortais quando nem nossas cinzas estiverem mais aqui.<br />Agradecemos a vocês por nos darem a oportunidade de falarmos de arte com liberdade e muito prazer. Que possamos então continuarmos juntos e ouvindo muita música, sempre!</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A você leitor, parte mais importante do nosso trabalho, nosso muito obrigado,</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><br />Equipe Central da Música 2003feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-33356119110525388602009-04-25T23:19:00.000-07:002009-04-28T22:37:06.121-07:00ADEUS LUANA, MENINA! BEM-VINDA LUANA, ESPÍRITO!<span style="font-size:85%;">OI LÚ, </span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">QUE DEUS TE ABENÇÕE, </span><br /><span style="font-size:85%;">GUARDE, </span><br /><span style="font-size:85%;">TENHA MISERICÓRIDA DE TI E TE DÊ A PAZ...</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxSonABzFnucVGqL8zeXOKla6HbXwLIgkaScHX8vdDzle7LliI86s-KxSCgcPzo5DJMlWHI0S6x6uDw14VdXUH2KyfujoarzPZMNKXTvNMd4UdRQYyF5XY9vP9xz3dM6TTzJVaQpU91Dnv/s1600-h/luana.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328881861496326690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxSonABzFnucVGqL8zeXOKla6HbXwLIgkaScHX8vdDzle7LliI86s-KxSCgcPzo5DJMlWHI0S6x6uDw14VdXUH2KyfujoarzPZMNKXTvNMd4UdRQYyF5XY9vP9xz3dM6TTzJVaQpU91Dnv/s320/luana.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">Sinto sua falta na beira da estrada pra ver o sol nascer </span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:130%;">E CONTINUAR....</span></p><p><span style="font-size:130%;"></span> </p><p><span style="font-size:130%;"></span> </p><p><span style="font-size:130%;"></span> </p><p><span style="font-size:130%;">LUANA NICOLAI : 28/05/1980 - 25/04/2009</span></p>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-82233911398618336702009-04-23T21:26:00.000-07:002009-04-23T21:38:22.776-07:00... tenho tudo pra contar e não há tempo...<br /><br /><br />_ De dizer do post super importante que o Marcelino Freire fez sobre o quão absurdo é o escritor não poder viver de sua arte;<br /><br />_Sobre a quantas anda meu projeto de pós (lindo_ de cinema e literatura)<br /><br />_Sobre os surrealismos meus do fim-de-semana passado que darão muito o que escrever...<br /><br />_Sobre a pauta do meu meio amigo Alan de Faria para a <span style="color:#ff0000;">CARTA CAPITAL</span>(que lerei em breve) e como é incrível ver gente batalhadora e apaixonada pelo que faz trabalhando e trabalhando<br /><br />Tanto, tanto, mas agora que há vontade não há tempo...<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL2rXE75ke8eLCr2n0O6qcLjo6-VUNUAlyZIo63s-1dgJtotylLT3qGw3J4h14j9mWF4Pc2pEepXUZo8CBaIWM44j5C_gMlW5xLUTtVtJuXCh-pxgonYJ7goZhyphenhyphenwGyAi0UT0uPhEflhbPh/s1600-h/narizinho2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328109989054826050" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 217px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL2rXE75ke8eLCr2n0O6qcLjo6-VUNUAlyZIo63s-1dgJtotylLT3qGw3J4h14j9mWF4Pc2pEepXUZo8CBaIWM44j5C_gMlW5xLUTtVtJuXCh-pxgonYJ7goZhyphenhyphenwGyAi0UT0uPhEflhbPh/s320/narizinho2.jpg" border="0" /></a><br /><br />Como hoje é dia de preparar o material para enviar à BIBLIOTECA NACIONAL (te falei que as inscrições iam até hoje) e, relendo meus últimos escritos dos dois anos passados, me deparei com a habitué:<br /><br /><br /><br /> <span style="color:#999999;"> </span><em><span style="color:#990000;">QUAL O REAL SIGNIFICADO DAS PALAVRAS?</span></em><br /><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#333333;">Como não se trata de uma questão semântica, mas emocional, vou de ADRIANA FALCÃO (que já tive o prazer de entrevistar e sim, é uma graça) e seu delicioso PEQUENO DICIONÁRIO DE PALAVRAS AO VENTO.</span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#333333;">AÍ VAI:</span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="font-size:130%;">Solidão é uma ilha com saudade de barco. </span><br /><span style="font-size:130%;"><br />Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.<br /><br />Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.<br /><br />Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.<br />Pouco é menos da metade.<br /><br />Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.<br /><br />Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.<br /><br />Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.<br /><br />Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.<br /><br />Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.<br /><br />Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.<br /><br />Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.<br /><br />Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.<br /><br />Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.<br /><br />Renúncia é um não que não queria ser ele.<br /><br />Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.<br /><br />Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.<br /><br />Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.<br /><br />Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.<br /><br />Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.<br /><br />Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.<br /><br />Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.<br /><br />Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.<br /><br />Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.<br /><br />Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.<br /><br />Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro...<br /><br />Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.<br /><br />Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.<br /><br />Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.<br /><br />Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.<br /><br />Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.<br /><br />Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano.<br /><br />Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.<br /><br /> Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.<br /><br />Desatino é um desataque de prudência.<br /><br />Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.<br /><br />Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.<br /><br />Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.<br /><br />Emoção é um tango que ainda não foi feito.<br /><br />Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.<br /><br />Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.<br /><br />Desejo é uma boca com sede.<br /><br />Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra.<br /><div align="justify"><br /><span style="color:#000099;">Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. </span></div><div align="justify"><span style="color:#000099;">Não. Amor é um exagero... também não.</span></div><div align="justify"><span style="color:#000099;"> É um "desadoro"... </span></div><div align="justify"><span style="color:#000099;">Uma batelada? </span></div><div align="justify"><span style="color:#000099;">Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar...<br /></span> </span></div><span style="font-size:130%;color:#333333;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#333333;"></span><br /><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><p><span style="font-size:130%;"></span></p><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><p><span style="font-size:130%;"></span></p><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><p><span style="font-size:130%;"></span></p><span style="font-size:130%;"><br /></span><br /><p><span style="font-size:130%;"></span> </p>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-44825150888353650922009-04-23T07:49:00.000-07:002009-04-23T07:52:44.628-07:00tenho que contar, tenho o que contar...sim, tenho! Oh amontoados de surrealismos que permeiam a minha vida...<br /><br />E neste final de semana teve mais um, daqueles que a gente não entende e fica rindo...<br />Mas conto depois, afinal, o último dia para se inscrever para as bolsas da Biblioteca Nacional é amanhã...tenho que correr<br /><br />E você, vai:<br /><br />www.bn.br<br /><br />E, enquanto me enrolo o suficiente para não ter tempo de fazer um post decente, aqui vai um corajoso:<br /><br /><br /><br />Abril 19, 2009<br /><strong>FEIOS, SUJOS OU MALVADOS?</strong><br /><br />Algumas revistas de cultura, e mesmo algumas exclusivas de literatura, foram conhecidas mais pelos assuntos que evitavam, pelos nomes que se recusavam a mencionar, do que propriamente pelo conteúdo que publicavam.<br /><br />Se a linha editorial caminhar para o bom mocismo, para a elegância exagerada e vazia, para a democracia de temas e coleções de autores do tipo panorama representativo, não há razão suficiente para se abandonar de vez os encartes de cultura dos jornais dominicais.<br /><br />De outro lado, manter a fornalha acesa graças às polêmicas, aos ataques contra este e aquele, acaba concretizando um caminho fácil demais, uma fórmula enganosa que pode dar bons resultados por alguns meses, mas não sempre, não para sempre.<br /><br />Relendo o Fama & anonimato, do Gay Talese (São Paulo: Companhia das Letras, 2004, tradução de Luciano Vieira Machado) me deparei com a ótima matéria “Procurando Hemingway”. Ali, Talese, que por sinal é convidado da próxima Festa Literária de Paraty, traça um perfil desse modismo peculiar. Reproduzo um trecho que me parece oportuno:<br /><br />“(…) a relativa riqueza de The Paris Review era invejada pelas outras pequenas revistas (…) seus editores acusavam o pessoal do Review de diletantismo, ressentiam-se de suas brincadeiras, aborreciam-se com o fato de que a Review continuaria a ser publicada enquanto a Merlin, que também descobrira e publicara novos talentos, logo iria fechar. (…) Naquela época a equipe da Merlin se compunha, em sua maioria, de jovens sem senso de humor, rebeldes autênticos (…)”.<br /><br />Acho que o tom acadêmico que reveste as revistas literárias nacionais mais atrapalha do ajuda na conquista do público (de um público novo). Não me julgo capaz de apontar o formato infalível, mas sei que o excesso de pudor empobrece o que deveria ser a mídia desafiadora capaz de colocar todas as outras no seu lugar.<br /><br />O que é arte, o que é entretenimento? Dia desses respondi a um questionário dizendo que só tinha paciência com a Rolling Stone. Gosto muito da Calibán, mas às vezes a acho muito pretensiosa. Literatura no Brasil não pode ser pretensiosa (isso nada tem a ver com o autor em si).<br /><br />Pois bem, está saindo do forno a Revista De Autofagia, na qual publiquei alguns poemas inéditos. Quem compra essas revistas? Quem as consome de fato? Não faço idéia. Não me importa, sei que elas seguem uma tradição. Se são boas e lidas? Não sei. O que importa é que a teimosia (a mesma teimosia que grandes escritores da literatura tiveram quando editaram seus próprios textos e de outros) está lá.<br /><br /><br />Por Paulo Scott para http://pauloscott.wordpress.com/2009/04/19/2330/feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-3263710869549849422009-04-21T21:53:00.000-07:002009-04-21T22:11:45.049-07:00NO PRINCÍPIO ERA O VERBO...`No princípio era o verbo, depois era o filme...` (para o meu livro-tese, Páginas nas Telas- sobre adaptações de filmes para livros)<br /><br />Tô com esse negócio de verbo na cabeça, palavras e palavras, quais os erros que se cometem e confirmam em palavras?<br /><br />Quais os erros meus, com palavras...<br />Sinto tanta saudades do mar: objetivo e silencioso...<br /><br />E nem deveria, afinal são dias bons...feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-84470572331547316242009-04-19T11:07:00.000-07:002009-04-19T11:27:25.464-07:00ET TOI MON COUER
<br />Depois que a PUC de São Paulo me trouxe todos os problemas possíveis e me botou no chão de tanta tristeza,
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<br />Depois que eu descobri que o ser humano é mais doido do que ue pensava,
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<br />E depois que eu passei por isso tudo e estou morrendo de rir,
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<br />um poema do Appollinaire, que encontri num desses blogs aonde vira e mexe vou:
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<br />e ah para a galera das letras, dia 29 de abril tem SARAU em homenagem ao Tápia, nosso professor, lá na CASA DAS ROSAS, casinha do poetas abandonados ou não, os quem sabe dos
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<br /><a name="9038863075187061280"></a>
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<br /><em><span style="font-size:180%;">Et toi mon coeur</span></em>
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<br /><em><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;">E tu meu coração</span></span></em>
<br />
<br /><em><span style="font-size:130%;"><a href="http://antoniocicero.blogspot.com/2009/04/guillaume-apollinaire-et-toi-mon-coeur.html"><span style="font-size:78%;">Guillaume Apollinaire:</span> </a>
<br /></span></em><em><span style="font-size:130%;">
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<br /></span></em><a class="quickedit" title="Editar" onclick="'return" href="http://www.blogger.com/rearrange?blogID=4784026675001070232&widgetType=LinkList&widgetId=LinkList1&action=editWidget" target="configLinkList1"></a>
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<br /></span></em>
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<br />E TU MEU CORAÇÃO,
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<br />POR QUE BATES?
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<br />FEITO UM ATALAIA MELANCÓLICO
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<br />OBSERVO A NOITE E A MORTE
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<br />Et toi mon coeur pourquoi bats-tu
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<br />Comme un guetteur mélancolique j'observe la nuit et la mort
<br />feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-24672328783857971312009-04-15T21:16:00.000-07:002009-04-15T21:53:17.974-07:00E o mundo de letras...a quantas?copiando o Marcelino Freire:<br /><br />_ para os autores: a famosíssima LEU ROUANET, cuja reforma já foi comentada neste blog, tem de todos os lados, desafetos. Vi lá no Marcelino Freire, o link para o post de um escritor chamado<br />ADEMIR ASSUNÇÃO, que é categórico ao afirmar que mais uma vez a classe (de escritores) será desprestigiada.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Abaixo, o link:</span><a href="http://zonabranca.blog.uol.com.br/arch2009-04-12_2009-04-18.html#2009_04-13_11_59_57-2503858-0"><span style="font-size:85%;">http://zonabranca.blog.uol.com.br/arch2009-04-12_2009-04-18.html#2009_04-13_11_59_57-2503858-0</span></a><br /><span style="font-size:85%;"></span>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-55400962870240764612009-04-15T20:46:00.000-07:002009-04-15T21:16:26.610-07:00Chasing Pavements!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmH_m_gEEwZPEhzziSYKDy9LHacvfw4odr-ZZNyAnXf0aP5yOhOU-vWbY_gfLbdC8KQYLk0DvyNU4WI1GUaQsByMJFvilVffXmLDrH_l9Wkzvl3xN2g-YknqLbSRibN95RyAK6XHsXP8ok/s1600-h/desistir.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5325138057196159714" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 244px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmH_m_gEEwZPEhzziSYKDy9LHacvfw4odr-ZZNyAnXf0aP5yOhOU-vWbY_gfLbdC8KQYLk0DvyNU4WI1GUaQsByMJFvilVffXmLDrH_l9Wkzvl3xN2g-YknqLbSRibN95RyAK6XHsXP8ok/s320/desistir.bmp" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">foto: </span><a href="http://3.bp.blogspot.com/"><span style="font-size:78%;">http://3.bp.blogspot.com</span></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>What if I give up?What is the result of giving up ? What about not doing anything?</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Eu, que sempre batalhei tanto, corri tanto atrás, lutei com forças que nem tinha, outro dia me coloquei a perguntar a mim mesma como teria sido se eu tivesse sentado e ficado parada.</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Seria bom se sentar e ver a vida passar, meio assim, como espectadora da própria história?</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Tenho pensado sobre, até que ponto de fato, não é isso o que na realidade somos.</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Até que ponto nossos esforços valem algo mediante a força absurda dos fatos e acontecimentos?</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>While there is no such an answer fot this, I keep chasing pavements...</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>or Maybe not...</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Maybe fighting...</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Maybe being a warrior, </em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><em>Maybe a victim...</em></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>to listen: CHASING PAVEMENTS (ADELE)- uma `coisa magnífica`</div><br /><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=lVctaDmwhJQ">www.youtube.com/watch?v=lVctaDmwhJQ</a></div><br /><div></div><br /><div>ou</div><br /><div></div><br /><div>www.youtube.com/watch?v=qz7vGW2_5c0</div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-55326222542251488212009-04-13T17:42:00.000-07:002009-04-13T17:48:56.534-07:00OUTRA DE FILOSOFIAO GRANDE KARMA DA VIDA É AGIR. NÃO AGIR É O GRANDE ERRO.feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-61380256055027186602009-04-13T17:30:00.000-07:002009-04-13T17:38:02.064-07:00Para não perder a vida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7UTpvRKUGkWweCnYJq_HXsyB5bT5OHpDgSvPlvEsG-XMCQHcixM1ZqHrtTYMjBieosWKa1S_V4mKmJJe87bzT7cRbzarKFIPc4aKhaXwn6kVJk8FtVrixWyYnlqnIhPCRnYwukYRSDTWI/s1600-h/arco_flecha.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324339195715046626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 301px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7UTpvRKUGkWweCnYJq_HXsyB5bT5OHpDgSvPlvEsG-XMCQHcixM1ZqHrtTYMjBieosWKa1S_V4mKmJJe87bzT7cRbzarKFIPc4aKhaXwn6kVJk8FtVrixWyYnlqnIhPCRnYwukYRSDTWI/s320/arco_flecha.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> foto: </span><a href="http://www.poesiasemensagens.com.br/.../filhos2.htm"><span style="font-size:78%;">www.poesiasemensagens.com.br/.../filhos2.htm</span></a><br /><br /><br /><br /><br /><div>Há três coisas que jamais retornam:<br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:180%;"><em>A FLECHA LANÇADA</em> </span></div><div> </div><div><span style="font-size:180%;"></span> </div><div><span style="font-size:180%;"></span></div><div><br /><em></em><br /><span style="font-size:180%;"><em> A PALAVRA DADA</em> </span></div><div><span style="font-size:180%;"></span> </div><div><span style="font-size:180%;"></span> </div><div><span style="font-size:180%;"></span></div><div><br /><em></em><br /><span style="font-size:180%;"><em> A OPORTUNIDADE PERDIDA</em><br /><em></em></span><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">QUANTAS VEZES VOCÊ JÁ FEZ MAL USO DELAS?</span></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-36564646664589832812009-04-12T17:09:00.000-07:002009-04-12T19:54:12.977-07:00Lucky + Arte de AmarEstou lendo `A ARTE DE AMAR`, do Ovídio...<br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhij4B425H-8x1Efx97c5kr5pH2jNE42cDqPIflcAiDCqoywmYckF7gLItxl8kwNvHdkRW0BFp0y9PWV8VM1zoRZnADs5L9o9xi88BPExrlAgfgQXbDqdQ_oHH7YLtt6m1n-WATSf_bEgRt/s1600-h/ovidio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323989060407818066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 229px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhij4B425H-8x1Efx97c5kr5pH2jNE42cDqPIflcAiDCqoywmYckF7gLItxl8kwNvHdkRW0BFp0y9PWV8VM1zoRZnADs5L9o9xi88BPExrlAgfgQXbDqdQ_oHH7YLtt6m1n-WATSf_bEgRt/s320/ovidio.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify">uma ode à como o amor deveria ser, e como fazer para conservá-lo. </div><div align="justify"><br />Interessante como a gente lê coisas que não condizem em nada com o nosso memento... </div><div align="justify"><br />E sim, o tema-mor das discussões de <span style="color:#339999;">almoço Pascal</span> foi relacionamento (palavra longa, com o significado subjetivo ao cubo) ao final da qual o <span style="color:#ff0000;">Lucas</span> chegou á mais previsível das conclusões: o segredo é não ter expectativas. Pausa. Sim, claro como se as pessoas entrassem em alguma coisa (inclui-se aí relação) sem esperar nada...doce ilusão...)... Eis que uma amiga está super hiper mega em um relacionamento e outro que resolveu que não quer mais nenhum. Eis uma outra na esperança de (ai gabi no ano que vem me caso), mais outra bem `com força ` (e só de olhar pra ela a gente sabe)e uma terceira, (ou seria quinta?), que decidiu atazanar a vida de um certo casal feliz( na verdade ela nem sabe se é casal e muito menos feliz, mas que vai dar um trabalhinho para a dupla, isso vai). E nem a <span style="color:#ff0000;">Gabriela -A OTIMISTA</span>- conseguiu dissuadí-la a.... Eis que a gente resolveu se lembrar do tempo em que eu trabalhava no site e ver todos aqueles CDs (além do Marcos Valle, ainda tem uma tal Laura Finochiaro que depois de uns 7 anos, alguém sabia de quem se tratava...) e eis que falamos do amor e vimos fotos quase velhas e tomarmos espumante e falamos de estado de espírito e mais uma vez do amor... e foi-se a Páscoa. Saldo final: cartilha para relacionamentos que estão por vir, assinadas pelo doutor Tavares de mello (não, este livro eu NÃO vou publicar); milhões de calorias a mais (tipo chocolate e lasagna)umas boas memórias _ ah elas vão bem a beça com calorias.<br /><br /><br /><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc_u990abtyQVPnJ0YmYK-oCcRTZ1Y9CsYXMz2Y2BhnQpjVHXr35y1tCygYtVJLhfXRBLecgmI7U1me2neXXZHvTkvzyl3wyoZH_xIcGhdYEZcnuK6IZkOz28U_7NWT5YAqTL-hfeJ9Kfn/s1600-h/pascoaG.jpg"><span style="font-size:78%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323988183350807602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 268px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc_u990abtyQVPnJ0YmYK-oCcRTZ1Y9CsYXMz2Y2BhnQpjVHXr35y1tCygYtVJLhfXRBLecgmI7U1me2neXXZHvTkvzyl3wyoZH_xIcGhdYEZcnuK6IZkOz28U_7NWT5YAqTL-hfeJ9Kfn/s320/pascoaG.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-size:78%;"> foto: </span><a href="http://www.mulherfeliz.com.br/.../decoracao-de-pascoa/"><span style="font-size:78%;">www.mulherfeliz.com.br/.../decoracao-de-pascoa/</span></a><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">e agora , momento `me entreguei ao dremule`:</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Comecei encontrando uma música que eu procurava a milênios.</div><div align="justify">Breguérrima, ápice do oitentismo e mais dançante impossível.</div><div align="justify">Então, para a <span style="color:#990000;">Eneida:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">NEVER GONNA GIVE YOU UP:</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ZOU8GIRUd_g">www.youtube.com/watch?v=ZOU8GIRUd_g</a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">A segunda vai com letra e tudo, de um tal Jason Mraz , que tem uma voz linda ...</div><div align="justify">Para quando eu me apaixonar (homenagem à Lú Tavares, que tá torcendo pra isso):</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:180%;"><em>Lucky</em></span><br /><em><span style="font-size:85%;">Jason Mraz featuring Colbie Caillat</span></em><br /><br /><br />Do you hear me,<br />I'm talking to you<br />Across the water<br />across the deep blue ocean<br />Under the open sky oh my, babyI'm trying<br /><br />Boy I hear you in my dreams<br />I feel you whisper across the sea<br />I keep you with me in my heart<br />You make it easier when life gets hard<br />I'm lucky I'm in love with my best friend<br />Lucky to have been where<br />I have beenLucky to be coming home again<br />Oooohhhhoohhhhohhooohhooohhooohoooh<br /><br />They don't know how long it takes<br />Waiting for a love like this<br />Every time we say goodbye<br />I wish we had one more kiss<br />I wait for you I promise you,<br />I willI'm lucky I'm in love with my best friend<br />Lucky to have been where I have been<br />Lucky to be coming home again<br /><br />I'm lucky we're in love in every way<br />Lucky to have stayed where we have stayed<br />Lucky to be coming home someday<br />And so I'm sailing through the sea<br />To an island where we'll meet<br />You'll hear the music, feel the air<br />I put a flower in your hair<br />And though the breeze is through trees<br />Move so pretty you're all<br />I seeAs the world keep spinning round<br />You hold me right here right now<br />I'm lucky I'm in love with my best friend<br />Lucky to have been where I have been<br />Lucky to be coming home again<br />I'm lucky we're in love in every way<br />Lucky to have stayed where we have stayed<br />Lucky to be coming home someday<br />Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh oohOoooh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh<br /><br /><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Yb3WwTh">www.youtube.com/watch?v=Yb3WwTh</a>-<br /><br /><br /><br /><br /><br />E para a <span style="color:#ff6600;">Maikelli</span>, porque ela adora, uma que me faz lembrar muito uma certa peça que eu ando encontrando mais do que gostaria e para quem eu deveria ter dito essas coisas aí de baixo há alguns anos atrás...<br /><br /><span style="font-size:180%;"><em>LOVE SONG</em></span><br />Sara Bareilles<br /><br /><br />"...I amI'm not gonna write you a love song'<br />Cause you asked for it'<br />Cause you need one<br />You see, I'm not gonna write you a love song'<br />Cause you tell me it's make or break in this<br />If you're on your wayI'm not gonna write you to stay<br />If all you have is leavin'I'm gonna need a better reason<br />To write you a love song today..."<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=MR5xv3pt7KI">www.youtube.com/watch?v=MR5xv3pt7KI</a></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-67899978686959358512009-04-11T21:28:00.000-07:002009-04-11T21:45:05.401-07:00Como te pressinto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX7E8_Fk1K4wqPpbpAz7WWvGg1ICBYDpx_RfByVNy0xSoU_ZkSGvjr3QLeWpELZkg12d-dDHWCSyOl4BuWd_asGumJrP3OlfVZuNhsCr0y80d80OnqwigoEZB12dL45WjmSASMyuQ5s17V/s1600-h/pressinto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323661223380679474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 302px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX7E8_Fk1K4wqPpbpAz7WWvGg1ICBYDpx_RfByVNy0xSoU_ZkSGvjr3QLeWpELZkg12d-dDHWCSyOl4BuWd_asGumJrP3OlfVZuNhsCr0y80d80OnqwigoEZB12dL45WjmSASMyuQ5s17V/s320/pressinto.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><em>Não, estes não são tempos angustiantes...são tempos limpos, de aproveitar as coisas mínimas, tempos vãos, para celebrar os detalhes imperceptíveis, alcaçar a felicidade no quase nada...</em></div><br /><div><em>E, como há tempo, há saudades, do bem que foi, não menor nem inferior ao que é</em></div><br /><div><em>Mas de uma diferença incrível...</em></div><br /><div><em></em></div><br /><div><em>Para celebrar a certeza de que toda dor é superada e superável e com a certeza de que o que nos salva são as memórias do bem,</em></div><br /><div><em></em></div><br /><div>em homenagem a isto vamos de Neruda:</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><em><strong><span style="font-size:180%;">Como te Pressinto</span></strong></em></div><br /><div></div><br /><div>Como te pressinto nessas horas tristes, </div><br /><div></div><br /><div>pesadas de tédio,</div><br /><div></div><br /><div>todas amargadas pelo sofrimento.</div><br /><div></div><br /><div>Dando-me o consolo,</div><br /><div></div><br /><div>de tuas mãos brancas, </div><br /><div></div><br /><div>dando-me esse afeto</div><br /><div></div><br /><div>de teus claros olhos</div><br /><div></div><br /><div>tímidos e bons.</div><br /><div></div><br /><div>... E como pressinto </div><br /><div>o alegre sorriso</div><br /><div></div><br /><div>de teus lábios frescos, </div><br /><div></div><br /><div>o sorriso triste de meus lábios velhos.</div><br /><div></div><br /><div>Nessas longas horas,</div><br /><div></div><br /><div>de fastio amargo,</div><br /><div></div><br /><div>eu sinto que brotas</div><br /><div></div><br /><div>do triste silêncio.</div><br /><div></div><br /><div>Como te pessinto, </div><br /><div></div><br /><div>como te pressinto.</div><br /><div></div><br /><br /><span style="font-size:78%;">foto:</span><a href="http://2.bp.blogspot.com/"><span style="font-size:78%;">http://2.bp.blogspot.com</span></a><br /><div></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-76076282971062090592009-04-10T16:57:00.000-07:002009-04-10T18:06:24.348-07:00A velhice nossa de cada dia...<div align="justify">Ia contar que me entreguei à <span style="color:#cc0000;"><em>Sommerset</em></span>, como foi e as grandes conseqüências disto... Porém essa vai ficar pra depois, uma vez em que, em meio à Maughan (sim, ele o Sommerset), Páginas nas Telas (meu livro reportagem da tese de pós, curso de tradução de poesia (que tem me rendido pérolas como o descobrimento da poesia russa) e `otras cositas más`, achei mais um texto incrível do Luís Carvesan, meu colunista predileto da Folha. Fala sobre o envelhecimento e em meio ao contexto, narra o quão envelhecidas ficam as pessoas quando acabam seus amores. É interessante para percebermos o quanto a `falta de amor´envelhece TODAS as pessoas e o quão iguais são seus efeitos em TODAS as pessoas. Segue o texto, em pormenores: </div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTzNO1j1ZY3Rx2PZMnPY5xtZ8WhsF-bBao9Opm6tbc87SMrAZizzcTvXDfKqcXXnKNEaf_AymlkMyxhLw1iKyi_gNEqxOHhTyOnMn7w2Pb0cs6pFuc9Dy8H4RVp44AbjL5G3eQuoL4upCC/s1600-h/sonhos+imagem.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323232686939725490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTzNO1j1ZY3Rx2PZMnPY5xtZ8WhsF-bBao9Opm6tbc87SMrAZizzcTvXDfKqcXXnKNEaf_AymlkMyxhLw1iKyi_gNEqxOHhTyOnMn7w2Pb0cs6pFuc9Dy8H4RVp44AbjL5G3eQuoL4upCC/s320/sonhos+imagem.bmp" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><br /><em>Segue o texto, em pormenores:</em><br /><em></em><br /><em></em><br /><em></em><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="font-size:180%;">Jovens velhos e nem tanto</span></strong><br /></span><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">Encontro uma leitora-que-virou-amiga, dois anos depois. Mudou de curso na faculdade (caiu na armadilha do jornalismo...), estudou cinema um tempo no exterior, descobriu as pontes do Monet, permanece fiel às baladas, amores consistentes, aí vem a revelação:<br />- Estou ficando velha...<br />Sabe quantos anos tem a anciã da minha amiga?<br />22!<br />Sim, meros, doces, frescos e promissores 22 aninhos.<br />- Mas estou me sentindo velha, ué, nunca pensei que fosse envelhecer.<br />Bem-vinda ao clube, querida, disse, e em vez de azucrinar a cabecinha dela com aquele papo de "velho sou eu, você está na flor da idade, relaxa e goza, não me humilha...", fui por outro caminho.<br />- Olha, pois eu acho que eu nunca envelheci, embora meu corpo não concorde com isso. Eu tenho, há mais de duas décadas, uns 25 anos. É verdade, nada que é jovem me preocupa, assim como nada que é humano me surpreende (esta é do Turgeniev...).<br />Permanecer jovem sendo velho é aceitar essa diferença crucial que impede o entendimento da vida como ela é. O contrário, não sei, não...<br />Conversa vai, conversa vem, ela se revelando: encontrou um novo amor, quase um ano juntos, apaixonados, a ponto de ele baixar na cidade do exterior em que ela estava, só para vê-la; planos, muitos planos, morar juntos, ganhar o mundo, viver a vida, ser feliz daquele tipo de felicidade que na juventude é, ao menos aparentemente, a melhor coisa do mundo.<br />E ela me conta ainda que por causa desse relacionamento mudou, supostamente para bem, muita coisa de seu próprio comportamento, passando a ser mais responsável, consequente, menos transgressora e passando a perceber e respeitar seus próprios limites.<br />- Um amor que faz crescer, entende?<br />De repente a decepção: sei lá, mil coisas na cabeça do cara, estou confuso, acho que ainda gosto de uma outra lá que segundo ele tinha ficado na poeira da história, sei que vou me arrepender, mas c'est finit...<br />E lá se vai todo o encantamento, toda a perspectiva, o piso que sustentava a possibilidade de uma vida nova e bela, a caminho de um crescimento a dois, saudável e bom. Foi-se.<br />Dói, muito, humilha, destroça, enraivece, mas uma hora passa.<br />- Será que passa?<br />- Até uva passa, meu bem...<br />No entanto, deixa, sempre e inexoravelmente, resquícios.<br />Na hora da conversa nem pensei nisso, só me dei conta depois.<br />Ela ficou velha...<br />Ou pelo menos sente-se envelhecida, porque jogou toda a sua juventude nas mãos de um amor frustrado, que não teve a manha de entender a delicadeza, a fragilidade, a lindeza de sentimento que rola na cabeça de quem tem 22 anos e quer amar muito a vida que Deus lhe deu, ainda mais com uma paixão do lado.<br />Estava errado, o cara?<br />Talvez não, poderia ter sido mais cuidadoso, talvez, mas nem sempre isso adianta muito também<br />Tampouco está errada minha amiga.<br />Infelizmente, pode-se dizer a ela uma frase do Tolerância Zero: "Bem-vindo ao pesadelo da realidade, playboy", porque desilusão amorosa é, sempre, um pesadelo.<br />Minha amiga não é playboy, é garota inteligente que luta para ser alguém decente e de bem. Com certeza vai se tornar uma ótima jornalista e, "velha" aos 22, ainda tem muito tempo pela frente para descobrir que rugas, dores, amores e dissabores nos tornam, na possível capacidade de renascer, jovens para sempre.<br />Até depois dos 50, sabia? </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:85%;color:#cc0000;">Luis Carvesan: 52, é jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos Cotidiano, Ilustrada e Dinheiro, entre outros. Escreve para a Folha Online.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">foto: </span><a href="http://cosmorama.blogs.sapo.pt/arquivo/gaivota.jpg"><span style="font-size:78%;">http://cosmorama.blogs.sapo.pt/arquivo/gaivota.jpg</span></a></div></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-8309411802447077722009-04-04T23:56:00.000-07:002009-04-05T12:22:35.570-07:00Pega pra Capar de Bumba meu Boi...<span style="color:#ff0000;"></span><span style="color:#333300;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyInoa2XD5E3MByKjStDdUbX9EcUM_45OPO-6nruln7JcxXHWqZUEQsa1ftTlQ6a_M2q_fvNb3bg0Ai8ooWA3N4XrcYl79Eg9OLn5ysmiPqTBDtxKYkZT2GovigBR6al5XRfBROKKq5wdo/s1600-h/jucaferreira.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321100546359546482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 292px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyInoa2XD5E3MByKjStDdUbX9EcUM_45OPO-6nruln7JcxXHWqZUEQsa1ftTlQ6a_M2q_fvNb3bg0Ai8ooWA3N4XrcYl79Eg9OLn5ysmiPqTBDtxKYkZT2GovigBR6al5XRfBROKKq5wdo/s320/jucaferreira.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><br /><br /><br />Estive ontem na badalada sabatina da Folha de S.P sobre a reforma da Lei Rouanet.A mim, que há muito não aparecia por aquelas bandas, impressionou o quanto a Folha consegue, mesmo em meio à crise, permanecer com ares de insituição ´nada me aborrece`<br />O tal evento, capitaneado pelo ministro Juca Ferreira, todo-poderoso da Cultura pós Gilberto Gil, teve uma platéia de famosos e interessados : eram globais, (de ambas centrais de jornalismo e produção),produtores, gente da comunicação.Todos, com aquele jeito de `este é o momento mais importante do mundo`.<br />Eu, que fui parar pela Barão mais por interesse em saber da última do governo do que pela pautinha que tenho fechada (isto é para uma mensal, ou seja demora), me deparei com aquele ar convencional de maior instituição de reportagem do Brasil. Para quem não pertence àquele universo, é impossível pensar, dentro da FOLHA que todos os jornais do país sofrem uma crise absurda.<br />Mas a pauta do dia era a o maior meio de capitação para a cultura do país, a<span style="color:#ff0000;"> Lei Rouanet</span>, que viabiliza mais de 5500 projetos culturais/ ano, do Oiapoque ao Chuí. E ela está para ser reformada, ao que parece, para que se consiga ter uma distribuição mais criteriosa do dinheiro disponibilizado por meio de renúncia fiscal, meio de captação mais utilizado no país.</div><div align="justify">Mediado (bem pouco, por sinal), pelo editor de cultura da folha, Marcos Augusto Gonçalves o debate foi aberto pelo ministro com um power point sobre o Agora e Depois da Rouanet.<br />Pra começar, ´os números da injustiça`: </div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;">92 %</span> dos brasileiros não freqüentam museus,<br /><span style="color:#ff0000;">78 %</span> nunca assistiram a</div><div align="justify">um espetáculo de dança,<br /><span style="color:#ff0000;">90 %</span> dos municípios não tem cinemas, museus,<br /><span style="color:#ff0000;">14 %</span> vão ao cinema mensalmente</div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">42%</span> do dinheiro da Rouanet ficam em projetos na região sudeste</div><div align="justify">menos de <span style="color:#ff0000;">1 %</span> é o qu e o Espírito Santo (estado desta que vos escreve), recebe.</div><div align="justify"><br />Etc, etc... e todo um quadro triste, tão conhecido.<br />Aí, começou o ataque a lei atual: ela torna a produção cultural dependente da renúncia fiscal (que obviamente é insuficiente para atender à todos), estimula a má distribuição, já que em última instância, as empresas patrocinadoras fazem opções pelos projetos que querem patrocinar, e é claro escolhem os que são melhores á sua visibilidade.<br />Segundo as palavras de Ferreira, nem 30 % do que é liberado consegue ser captado e em época de crise, as empresas recuam, ou seja, menos patrocínio na praça, escusa perfeita para a reforma. Aí começou com mais um festival de discrepâncias: 3 % dos proponentes captam metade do dinheiro disponível e os processos são demoradíssimos, já que (sim, ele assumiu) o ministério não dá conta da demanda e muito menos com a qualidade ideal.<br />Bateu ainda, e pesado nas Organizações Sociais (sociedades civis), que, por seus argumentos, disputam recursos públicos com produtores independentes. E acusou os produtores utilizarem a renúncia fiscal em detrimento do FICART (fundo para empréstimos) e do F.N.C (fundo nacional de cultura):</div><div align="justify"></div><div align="justify">"_Dinheiro de graça todo mundo quer."<br /><br />Depois de dados e argumentações ministeriais, foi a vez de João Sayad, secretário de cultura de S.P e o “pega pra capar” começou! “Tranqüilo e calmo”, iniciou o discurso, ´alfinetando´ :</div><div align="justify"></div><div align="justify">“Embora eu adore ouvir o sotaque bahiano, Ministro, me surpreende um pouco a confusão proposta por sua fala...” e foi-se embora: defendeu que quando se apóia um projeto cultural em determinado estado, não significa estar agindo em detrimento de outro;<br />“ Se o dinheito da Rouanet é usado para patrocinar um evento com Ivete Sangalo, isso significa está apoiando a Bahia? Por que? O Paulistano, o mineiro,o carioca não ouve a Ivete?”<br />Continuou:<br />“O fato da OSESP ficar em São Paulo não significa que ela deixe de ser bem cultural brasileiro e inclusive, mundial. Ela pode ser ouvida por gente de todos os lugares e é pra mim, um orgulho que exista, ainda que eu não goste de música erudita.”<br />O eixo central de sua fala foi que ao invés de reforma da lei, que causa insegurança a todo um mercado dependente dela, o ministério deveria estar batalhando por aumento de verbas:</div><div align="justify"></div><div align="justify">“_ É momento de utilizar toda a parceria possível e não de brecar recursos.”<br />E ainda que o ministério da cultura deveria brigar por mais verbas, ao invés de restringé-las: </div><div align="justify"> </div><div align="justify">“ A cultura já leva menos de 0,8 do orçamento do governo. Querer diminuir isso não é definitivamente, papel do ministério da cultura e sim do da Fazenda .”, colocando que enquanto a esfera federal conta com 800 milhões por ano para a cultura, o estado de São Paulo sozinho, tem 500. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Pisou feio na calcanhar de Ferreira.<br />Lembrou ainda que erros crassos de patrocínios passados (como o escândalo Cirque Du Soleil, que em 2007 contou com cerca de R$ 9 milhões e cujo acesso foi restritíssimo), seriam causados pelo mau gerenciamento da Lei ou, seja não justifica a reforma:<br />“_Se é um problema gerencial vamos resolvê-lo com todos os canais que temos, e não restringi-los.”, pontuou. </div><div align="justify">Nesta linha de combate, continuou o produtor Paulo Pélico, cuja alfinetada-mor foi vértice das respostas `bastante acaloradas`do ministro:<br />“O fato das empresas que recebem incentivo fiscal não apoiarem o o Boi-Bumbá não justifica a reforma da Lei.”. Pronto, chegava o momento epifânico da noite. O argumento número 1 do governo é que o dinheiro da renúncia fiscal vai em sua maioria esmagadora para o endinheirado sudeste.<br />Na cabeça de Pélico, quem tem que bancar as menifestações que não despertam o interesse empresarial, é o já mencionado Fundo Nacional da Cultura, ou seja, defende mais uma vez que não há porque reformar a lei<br /><br /><br /><br />“_Dizer que apoiar Boi Bumbá não justifica a reforma de Lei é a prova viva de que, quem tem o acesso não quer perdê-lo.Vocês vão acabar atraindo uma antipatia para São Paulo. Todos tem direito ao acesso á cultura, inclusive o Piauí, Amazônia, o Nordeste.”,<br />Pélico respondeu calcado em estudos que, grande culpada pela concentração de recursos em determinadas regiões do país é a insana burocracia:<br />“_Não dá para ninguém buscar incentivo federal com uma estrutura simples. Há de se ter no mínimo, assessoria contábil e jurídica. Isso em si é excludente.”, acrescentando que a esmagadora maioria dos projetos que a Rouanet aprova, são do Sudeste porque produtores menos capacitados não conseguem lidar com a burocracia.<br />Segundo ele, a lei funciona e para exemplificar, mencionou os sete filmes indicados ao Oscar nos últimos 10 anos, enquanto antes disso, a última vez havia sido na década de 60. Pélico tocou ainda em um ponto crucial: o projeto de reforma não tem <span style="color:#ff0000;">regras claras</span> para a liberação de financiamento.<br />Sabe-se que haverá um afunilamento, <span style="color:#ff0000;">porém ninguém sabe como proceder, em caso de mudança real:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#000000;">"_As regras são muito subjetivas."</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">Foram estes dois discursos, a pedra no sapato de Juca Ferreira.<br />“_Secretário Sayad, o senhor é economista, por isso tenho que apelar para que volte para os números.” E voltou aos números que embasam sua teoria de que, tal qual é, a Rouanet é excludente e privilegia estados do sudeste e grupos que já tem acesso.<br />VisiSobre a falta de verbas, Ferreira afirmou e reafirmou que desde que Gil chegou ao ministério que se tenta incessantemte aumentar a verba para a cultura e que se conseguiu: de 0,2 para 0,6 % do orçamento. Disse ainda que a reforma é uma tentativa de distribuir melhor o que se tem:<br />“O recurso não é só mal distribuído geograficamente, como até dentro da própria São Paulo, não é todo mundo que tem acesso à cultura.”<br /><br />E disparou:<br />“_Quanto eu vim aqui , sabia que ia enfrentar isso, pessoas resistentes à mudança. No tempo da abolição da escravatura as pessoas também não queriam mudanças. Não é assim que se evolui, mas com idéias, cabeças pensando juntas.”<br /><br /><br />Quando colocado na parede sobre os supostos cinco anos que o projeto teria para receber o patrocínio, Ferreira afirmou que naquela tarde a P.L havia sido mudada, ou seja, essa questão do tempo não seria um entrave.<br />Visivilelmente exaltado,repetia todo o tempo a `história do bumba meu boi` como exemplo do de `postura resistente à mudança`, por parte dos paulistanos e foi ao mesmo tempo, aplaudido e vaiado pela platéia. Pélico, insistia para responder aos ataques à questão `Bumba meu Boi`:</div><div align="justify">“Eu tive que fazer uma verdadeira ioga para escutar a sua fala. Fiquei aqui contando nos dedos, um, dois, três.Por favor agora, escute a minha.” e continuou seu discurso dizendo que, em momentos de crise, manter a Rouanet como está é um verdadeiro desastre, que ele não assumirá .<br /><br />Pega pra capar à parte, teve o `moço do Itaú Cultural`(Daniel Saron) que disse que faltam dados concretos sobre o retorno trazido pelo investimento em cultura no país (provavelmente uma das colocações mais lúcidas da noite).<br /><br />E o captador Yacoff Sarkovas, que `meteu o pau´no mecenato, com toda a razão:<br />“ Patrocínio no Brasil é banco imobiliário. A empresa finge que dá o dinheiro, que na verdade é de mentira e a impressão que se passa é que uma hora, mamãe vai chamar pra dormir e tudo vai acabar.” E foi categórico:<br /><span style="color:#ff0000;">“Reforma nenhuma resolverá isso”.</span><br /><br />Verdade. No Itaú "de" Saron, 50 % do dinheiro investido em cultura vem de incentivo público. A Rouanet, `de` Ferreira, é mesmo, e cada vez mais a muleta da produção cultural brasileira e ponto. Por outro lado, como diz Sayad, não é sua extinção que vai resolver isso.<br /><br />Resta saber, o que , de concreto, dá pra ser feito. Porque entre justificativas, ataques, e alfinetadas, os critérios de avaliação do Projeto de Lei ainda estão na subjetividade total.<br />E, de falta de equilíbrio de político em discurso, o pessoal que assina o cheque (no caso nós), já está cheio.<br /><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">LINK DA VERSÃO OFICIAL do negócio, que a FOLHA publicou hoje (sábado)...</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u545686.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u545686.shtml</a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">FOTO: www.blig..com.br</div><br /><br /><br /><div></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-39014789586729557482009-04-04T23:48:00.000-07:002009-04-04T23:56:31.164-07:00Garapa: mais uma sessão de `porrada`.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ocuHnr37Vgbrs7ZzB6qaMWMZOr8QOOEO2L1evLBIAifwt3ddkqZwaD3wPTGTJkWvDWnfactsBW7gY3q7beZarODUW8Nrg0M_Kt_Qc83PuIPS7WLJKp7wYJfyXUyK6eEdhOOMuGXwbyy3/s1600-h/Garapa.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321095844764019426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 310px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ocuHnr37Vgbrs7ZzB6qaMWMZOr8QOOEO2L1evLBIAifwt3ddkqZwaD3wPTGTJkWvDWnfactsBW7gY3q7beZarODUW8Nrg0M_Kt_Qc83PuIPS7WLJKp7wYJfyXUyK6eEdhOOMuGXwbyy3/s320/Garapa.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br />Lendo uma entrevista da envida da Folha de S.P ao Festival de Berlim, sobre GARAPA, último documentário de José Padilha, ela contava que ao final do filme, a única reação da platéia foi um longo silêncio.<br />Sim, o aclamadíssimo diretor do documentário Ônibus 174, (que inspirou o longa do Barretão) e diretor de Tropa de Elite, desta vez resolver falar de fome.Mas de fome velada, aquela em que não se tem tão pouco, que com o mínimo que se tem, se luta.<br />Filmado nos cafundós do nordeste brasileiro, dentro de casas de gente de verdade, o problema do filme é justamente este. É verídico demais. Em preto e branco, com cores de seca, sem trilha sonora, com cara de tudo o que ninguém quer ver.<br />O filme, de 2008, conta a história de três famílias, subnutridas, em casas aonde falta tudo. Até leite para a mamadeira das crianças (e são várias), falta, aí vai na garapa mesmo. No `mundo de lá`, garapa é água fervida com açúcar e intenção de que alguém vive daquilo.<br />Em recente entrevista, Padilha disse que um dos principais desafios da produção foi o de conseguir não dar comida aos participantes do filme; uma agonia.<br />Há uma hora em que a produção dá um analgésico a uma criança que chora de dor de dentes e o pai acredita que o menino esteja curado. Miséria tem adjacências.<br />Além da miséria, estão lá seus anexos: alcoolismo, ignorância, regiões em estado de subdesenvolvimento total, falta de perspectiva. Em uma das cenas, o documentarista pergunta ao pai de uma das famílias porque eles não tentam evitar filhos, já que não conseguem alimentar os que tem. E escuta um sonoro:<br />“_ É Deus que dá. ”<br />E a esposa faz coro:<br />“_Eu não me dou com pílula... Se é pá pegá, pega.”<br />“_E quantos filhos a senhora tem?”<br />“_ É 11.”<br />Completa, às lágrimas, que `as veiz eles pedi merenda, aí eu tenho que dizê que num tem.”<br />Uma tristeza. Ao menos é verdadeira.<br />Ponto positivo do filme é o nú e cru, sem maquiagem. Não é, definitivamente, uma dramatização montada para celebrar a miséria alheia. Ponto positivo para o governo Lula, que populismos á parte, fez um fome zero, que não resolve, mas dá um prato de comida a quem vive de garapa. Ponto positivo para o diretor, que tem feito de sua vida profissional uma denúncia constante e tão necessária. Ponto negativo para a humanidade, que ainda tem 920 milhões de famintos e se mostra incompetente demais para resolver isto.<br /><br /><div></div><div></div><div><span style="font-size:78%;">Foto: divulgação</span></div>feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5571663638326648938.post-49834629369733858272009-03-29T22:08:00.000-07:002009-04-04T23:47:55.716-07:00Este nãO é o post do meu aniversário<span style="font-size:130%;color:#cc0000;">estudos sobre o romantismo</span><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">chumbo que respiro</span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">minha saudadete apodrece</span><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">e te renova na medida que me lanço</span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">noutra direção</span><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">tanto mofo no que calo por ti</span><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">vinagre de dores ardentes nos olhos</span><br /><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">com fervoroso credo</span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"> na tua morte</span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"> minha vida. </span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span><br /><br /><br />Ouvi falar em Bruna Beber, em meio a `tantos nomes`em uma infeliz cobertura de alguns anos atrás...<br /><br />(sim, daquelas traumatizantes...)<br /><br />No entanto, passeando de blog em blog, achei este, que penso ser interessante e que pode ter destinatário, se caso for.<br /><br />Mas não este não é o post do meu aniversário...feedbackhttp://www.blogger.com/profile/11504364063382723425noreply@blogger.com0