sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Toronto's ICE QUEEN...(or Ms. Diana Krall)













Domingo é o dia dela: da canatora canadense polêmico star: Diana Krall.
E bem antes das 10:00 a.m, na qual ela começará a entoar sua "jazística voz" , eu estarei lá,
"a postos".

Após o segundo DVD a expectativa em relação ao
show deu uma abaixada, porém, só sendo louco para
perder...

Sobre as razões para assistí-la, bem vão da precisão técnica da cantoraao altíssimo nível qualitativo de suas interpretações...

Segundo às "más línguas jornalísticas", motivos todos, exceto a simpatia, da qual a esposa do compositor Elvis Costello seria deprovida...
No link abaixo, há uma entrevista interessante, bem levee pouco erudita com a cantora.
Quem prefere analisar seus aspectos musicais (ou melhor seu talento), uma boa dica é disco

"LIVE IN PARIS", no qual há a versão ao vivo de clássicos como "Let's fall in love" e "The Look of Love".

Mais sobre Kral após o show de domingo, às 10:00 a.m no Parque Villa Lobos, São Paulo.
Artigo sim, ainda a confirmar o local...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quem fracassa na vida...




03/11/2007




Verão chegando.

Por: Luis Carvesan.


Imagem:http://www.sibila.com.br/imagens/miseria4.jpg


O homem juntou suas latas, seus papelões, seus trapos e paus e buscou abrigo rente à coluna do viaduto. De tão grande e tão cheio de gente, pensou o homem, esse viaduto é como uma casa sem parede e sem porta, sem cômodos, sem jardim, sem nada. Mas é a casa que Deus me deu, pensou o homem, arrumando como podia suas tralhas, porque lá vinha o temporal de novo, mais chuvarada para infernizar (Deus me perdoe!) a vida desgraçada dessa gente toda que vive na rua, embaixo da ponte.
Quantos moram debaixo desse viaduto comprido desse jeito?, pensou o homem com seus botões, quer dizer, com sua camisa suja e puída, obviamente sem botões.
Uns vão, outros chegam, mas é sempre muita gente. Quando começa a ameaçar chuva, como agora, ou à noitinha, aí a coisa fica feia. Cada um protege seu canto e seus cacarecos como pode, porque cada pilastra, cada recôndito desse monstro de concreto vale mais que uma mansão no Morumbi, pensa o homem. Nem sei como é uma mansão no Morumbi, mas já ouvi falar que vale muito. E sei que o cantinho que eu tenho aqui vale ouro, ainda mais no inverno, quando o ar quentinho que sai dos tubos da estação do metrô tornam o frio nojento desta cidade úmida e gelada mais suportável.
Agora o problema não é esse. É a droga da chuvarada que prenuncia o verão e que desce como se fosse o fim do mundo e lava tudo, menos a miséria de nossas almas. Não há papelão, pano ou madeira que preste depois de cada tempestade...
Mas, seco ou molhado, frio ou quente, de noite ou de dia, será sempre a mesma droga debaixo desse viaduto maldito, um eterno monumento a lembrar o que esta cidade faz com quem fracassou na vida.



Para a FOLHA DE S.P no
http://www.folha.com.br/

Luiz Caversan, 52, é jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos Cotidiano, Ilustrada e Dinheiro, entre outros. Escreve para a Folha Online.






Eu, sobre cinema!

Saiu hoje, publicado na JUNGLE DRUMS, inglesa, um texto meu sobre a MOSTRA:

está em :


http://www.jungledrums.org/sonaweb_02.htm


Confiram e lembrem-se de que estou aberta a feedbacks.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Solidão (Por: Chico Buarque)









Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo..... isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Francisco Buarque de Holanda

AGITADA AGENDA.

Final de mês de muitas emoções:

30/11: Lançamento do livro de mini contos no SESC Consolação
Local: SESC consolação
Horário: 19:30 hs.

02/11: Show da Diana Krall
Local: Parque Vila Lobos
Horário: 10:00 a.m.

08/11: Visita do Luís Fernando Veríssimo
Local: Espaço B_arco (rua dr. virgílio de carvalho pinto, 426 - são paulo - sp - (11) 3081-6986)
www.obarco.com.
Horário:17:00 hs.

12 + 13/11: Oficina de Criação Literária com Marcelino Freire
Local: Casa das ROSAS (Av.Paulista, 37)
Horário: das 19:00 às 21:00 hs.

15/11:Rave Cultural
Local: Casa das ROSAS (Av.Paulista, 37)
Horário: A noite toda

Destaque: Apresentação das Poesias dos RASCUNHEIROS POÉTICOS.
1:00 a.m!

NÃo há muito o que contar...




NÃO HÁ MUITO O QUE CONTAR

(Pablo Neruda)

Não há muito o que contar

para amanhã

quando já desça



ao Bom-Dia

é necessário

para mim

este pão

dos contos,

dos cantos.

antes da alba, depois da cortina

também, aberta ao sol do frio,

à eficácia de um dia turbulento.



Devo dizer: aqui estou,

isto não me aconteceu, e isto acontece;

enquanto isto as algas do oceano

se movem predispostas

à onda,

e cada coisa tem sua razão,

sobre cada razão um movimento

como de ave marinha que levanta

da pedra, da água, da alga flutuante.



Eu com minhas mãos devo

chamar: venha qualquer um.



Aqui está o que tenho, o que devo,

ouçam a conta, o conto e o som.



Assim cada manhã de minha vida

trago do sonho outro sonho.



Arte: Osvaldo Pastorelli

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Trabalha, trabalha, trabalha...





Um pouco tarde, saiu minhas entrevistas lá para a WEB...
Uma honra para mim, porque, "Deuses da Literatura", como aquele site é bom!
Falei da matérias assim que a fiz, contando uns pormenores do João e da Eugência, mais que da Virna.
O resultado das entrevsitas está em

www.weblivros.com.br

Mais João Migule Enriques em
www.quartosescuros.blogspot.com

E nesta semana ainda, "sobrinho+afilhado" +estréia no Digestivo +Preparação para Diana Krall, dia 2, no Parque da Cidade. Outro trabalho que com jeito de brincadeira...

sábado, 24 de novembro de 2007

Sobre o dia em que dei pra "fazer de conta em versão mini"






"E mais não é", que fui participar de uma oficina de literatura de MArcelino Freire, vixi. Cheguei lá o negócio é pra "fazer de conta em mini"e SARAVÁ.
o Cabra é bom nisso, eu sou "uó" e ocorreu um negócio que chamei
"HORÁRIO DE SERVIÇO " e vai ser publicado num livrinho da HELOISA CARTONERA (VERSÃO BRASIL).


É mais ou menos assim:

"Ao lado da cama, Sapatos de salto;
Sem batom, Roberto Torres"






Lançamento: Sexta-FEira, dia 30/11 às 19:30
No SESC consolação
É isso e tenhOdito. rsrsrsrsr

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Tirem-nos tudo, mas não nos levem a música...

Por que o melhor filme da Mostra Internacional de CINEMA (WE ARE TOGETHER) foi uma melodiosa maneira de "ilustrar o poema abaixo", que o diretor provavelmente nunca ouviu...
Por que foi a melhor coisa da Balada Literária...

Por que o povo brasileiro tem tanto em comum com africano, que chega a confundir, misturar...

Por que eu entendi que não só eu que acho que música é tanto...





SÚPLICA

Tirem-nos tudo, / mas deixem-nos a música!

Tirem-nos a terra em que nascemos, / onde crescemos / e onde descobrimos pela primeira vez / que o mundo é assim: / um tabuleiro de xadrez...

Tirem-nos a luz do sol que nos aquece, / a lua lírica do xingombela / nas noites mulatas / da selva moçambicana / (essa lua que nos semeou no coração / a poesia que encontramos na vida) / tirem-nos a palhota - humilde cubata / onde vivemos e amamos, / tirem-nos a machamba que nos dá o pão, / tirem-nos o calor de lume / (que nos é quase tudo) / - mas não nos tirem a música!

Podem desterrar-nos, / levar-nos / para longas terras, / vender-nos como mercadoria / acorrentar-nos / à terra, do sol à lua e da lua ao sol, / mas seremos sempre livres / se nos deixarem a música!

Que onde estiver nossa canção / mesmo escravos, senhores seremos; / e mesmo mortos, viveremos. / E no nosso lamento escravo / estará a terra onde nascemos, / a luz do nosso sol, / a lua dos xingombelas, / o calor do lume, / a palhota onde vivemos, / a machamba que nos dá o pão!

E tudo será novamente nosso, / ainda que cadeias nos pés / e azorrague no dorso... / E o nosso queixume / será uma libertação / derramada em nosso canto! / - Por isso pedimos, / de joelhos pedimos: / tirem-nos tudo... / mas não nos tirem a vida, / não nos levem a música!


[ Poesia lida por Rogério Manjate durante
a Balada Literária. A autora, como ele, nasceu
em Moçambique. Chama-se Noémia de Sousa ]





quinta-feira, 22 de novembro de 2007

POEMA QUE NÃO QUER SER...

A grande Luisa Palhas saiu recentemente de novo "trabalho de parto"...
E o "filhinho" ( O POEMA QUE NÃO QUER SER), tem tudo a ver com este momento, em que eu finalmente me convenço de que o compasso perfeito não será nunca encontrado e que a graça está em sua eterna busca...
E que há SIM, de render reverências as tempo, SENHOR...
Abaixo, o novo filho:






poema que não quer ser
Por: Maria Luisa Palhas


a felicidade é uma bagagem

estranha

que a gente carrega

pra onde vai



mas só sabe se levou

quando ela chega

Algumas mediações...

A minha sala lá da PUC, tem um blog coletivo...
Coisa engraçada, blog sem rosto.
Informativo, bem, trabalho da jornalistada...
If anybody ever wants news about technology:

www.mediacoes.wordpress.com

Tanta informação....

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sobre a Ninharia da vida e algum sonho...





Tenho de suprimir esta ninharia da vida. Estas duas coisas não podem mais coabitar - esta estupidez e este sonho dorido e imenso, o grotesco de todos os dias, quando do outro lado galopa e passa uma coisa sôfrega e imensa. Tu não te podes chamar Baltazar Moscoso, e ao mesmo tempo existir o céu estrelado.
(O Doido e a Morte, de Raul Brandão, citado por Carlos de Oliveira)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Palavras inteiras (Carlos Savasini)



Este deveria estar encomendado...
Depois de um dia que não deveria ter existido, o PALAVRAS inteiras vem dizer o que eu necessito ouvir...
Justamente porque necessito...








PALAVRAS INTEIRAS

Carlos Savasini


Há que se ter persistência;

Certas vezes força, noutras doçura;

Porrada na medida certa;

Tapa na cara forçada;

Cuspe na cara de bosta;

Olhar na face de brio;

Verdade sem perder a mão;

Recorte preciso,

Cirúrgico;

Cisão em momento certeiro;

Cauterizaçãoo joio bóia em alguidar;

O sopro derruba o monstro;

soco em luva de pelica.


Certas vezes há que se ter força;

Noutras doçura;

E sempre, sempre persistência,

incondicionalmente.


(10/11/2007)

Pela janela do quarto, pela janela do carro....

<
Então, enfim comprei o Cd. Gostei sempre tanto dele e seus sons sempre me foram tão presente que nunca, de fato o possuí. Talvez seja esta uma característica das coisas presentes e abstratamente pequeninas...

Seu poder de estar presente sem que precisemos possuí-las...

Agora é meu. Enquanto caminhava por uma rua habitué, concluí que nunca "tivera a atitude de comprá-lo"...

Agora é meu. Ponto.

"Ando pelo mundo;
Prestando atenção em cores que eu não sei o nome;
Cores de Almodovar;
Cores de Frida Kahlo;
Cores..."


Em meio às certezas do "ser" e do "querer" que, logo agora, os curtos passos, quase chegada, se misturam a vontade de desaparecer:

"Eu ando pelo mundo;
E os automóveis correm para quê?
E as crianças correm pra onde?
Transito entre dois lados..."

Entre lados muitos e qua já não possuem linearidade, complexidade oblíqua, necessidade de decifrar...

"Eu gosto de opostos;
Exponho o meu modo;
Me mostro;
Eu canto pra quem?"


Pela janela do quarto, pela janela do carro,
Pela tela, pela janela...



domingo, 18 de novembro de 2007

Família de Jornalista ! rsrsrsrs (Ou "Ode à Felicidade)


Minha Namorada
(Vinícius)


Se você quer ser minha namorada;
Ah, que linda namorada;
Você poderia ser;
Se quiser ser somente minha;
Exatamente essa coisinha;
Essa coisa toda minha;
Que ninguém mais pode ser...
Você tem que me fazer um juramento;
De só ter um pensamento;
Ser só minha até morrer...
E também de não perder esse jeitinho;
De falar devagarinho;
Essas histórias de você;
E de repente me fazer muito carinho;
E chorar bem de mansinho;
Sem ninguém saber porque...
E se mais do que minha namorada;
Você quer ser minha amada;
Minha amada, mas amada pra valer;
Aquela amada pelo amor predestinada;
Sem a qual a vida é nada;
Sem a qual se quer morrer;
Você tem que vir comigo em meu caminho;
E talvez o meu caminho;
Seja triste pra você...
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos;
Os seus braços o meu ninho no silêncio de depois;
E você tem que ser a estrela derradeira;
Minha amiga e companheira;
No infinito de nós dois.
Porque ela é a namorada dele! Há muitos anos...
Sr. e Sra. Cuzzuol Ribeiro, em momento unidos-como-sempre"rsrsrsr

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Série Catazes Alemães das "Moças Capixabas".

Na exposição do Pierre Mendel, muita inspiração para as "coisas da vida".
Lá na CAixa Cultural.
TExto em breve "outta here".




Bebel Abreu (Curadora da expo)
No dia dela.








BROKEN HEART





Esta que vos escreve e mais inspiração para escrever!














Tempo pra todas as coisas...


Eclesiastes III

(Pensada na versão ePorto)

Tudo neste mundo tem o seu tempo;

Cada coisa tem a sua ocasião;

Há tempo de nascer e tempo de morrer;

Tempo de plantar e tempo de arrancar;

Tempo de matar e tempo de curar;

Tempo de derrubar e tempo de construir;

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;

Tempo de chorar e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-;

de abraçar e tempo de afastar;

Tempo de procurar e tempo de perder;

Tempo de economizar e tempo de desperdiçar;

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sobre bebês e cartazes alemães...



DAni Moraes terá seu pequeno lindo amanhã, mesmo dia em que "as cunhadas" abrirão uma belíssima exposição de cartazes alemães aqui, na Garoa(foto).
Imagino que a "família Abreu"não poderia estar mais feliz...

E que a DAniela não mereceria nada menos que "felicidade neste nível"...

O compasso muda em um piscar de olhos...

Me vejo no que vejo;
Como entrar por meus olhos em olhos mais límpidos;
E olha o que eu olho;
É minha crianção isso que vejo;
Perceber é conceber;
Águas de pensamento;
Sou a criatura do que vejo;
Por que hoje eu descobri que serei madrinha dele: Diego Pereyra Cuzzuol, o mais novo membro da família!
E tudo mudou de cor...

Reverência



Há de se reverenciar o tempo...

De se ajoelhar diante das falas;

Se perpetuar próximo às pedras;

Que ficam...


Há de permancer contrito perante o Estorvo;

Dinte do lodo;

Sorrindo;
À espera do pouco;


Há que se imaginar superando;

Ainda que lento;

Tendo, possuído;

Tudo, de uma vez só;.


Uma só

voz ;


E há de pedir a Deus paciência;

Para que se reverencie o tempo;

Quão Senhor;

Ao custo;

Resistência.







Saiu mais uma matéria assinada por mim. Proposta boa, não me agradou a edição.


Em dia de pedir demissão, saiu essa poesia aí, de supetão, se é que isso funciona.


Bem, o link para minha pauta é:






Quanto à da WEBLIVROS , "há de se reverenciar o tempo"rsrsrs


Quanto à da Jungle, ai que frio na barriga...


Quanto às Cartas de Mario ao Drummond, quanta tristeza...



sábado, 10 de novembro de 2007

POESIA CHUVOSA( Lú do VAlle)




Poesia Chuvosa

Por: Luciana do Valle
Neste quarto escuro

Somente as lágrimas me acariciam

Afagam e me afogam no Rio Tietê

Inveja da tietagem alheia.




Só quem conhece a Luciana do VAlle para saber que ela é tudo, menos alguém "se sombras".
Na obra acima, inspirado em um momento peculiar, ela se superou.
Uma vez me disseram que "tragédia"vira obra, (não que seja o caso que aconteceu com a Lú), mas eu estou concluindo que, momentos complexos podem sim, trazer resultados literariemente incríveis...
GRACILIANO que o diga.



































BALADA LITERÁRIA


Sim, sim. É na próxima semana.

O evento trará

mesas com escritores,

Música, chop e muita balada.
O homenageado é o ROBERTO PIVA,
famosíssimo (e que eu nunca li em livro).
Haverão sim, alguns lançamentos fore-de-série.
Se eu não me embrenhar por terrar
capixabas, com certeza darei as caras por lá.
Mais em
E quem anda aparecendo lá pelo PALVRIANDO.com.br é a dona KATIA DUTRA TYTA...
Como já havia dito aqui,a moçoila já "invadiu aquela praia".
E, como em teoria isto aqui é um blog de poemas, vai aí um que, segundo eu mesma, tem uma mensagem interessante (ok, não é um primor de trabalho lingüístico, mas tem outros pontos positivos):
PESSOAS DE BEM
Por: DUDU OLIVA

Quando as pessoas de bem dormem...
Os piolhos fazem festa na cabeça das crianças;
Que estão num sono profundo;
O homem solitário goza num travesti;
Que sonha em ser uma atriz famosa da TV e beijar um galã de novela;
Alguém tem insônia e vê algum filme pornô;
Outros vagam por becos, perdidos na vida;
Prostituta é espancada pelo cafetão;
Os ratos destruindo móveis e andando em cima da pia;
O menor abandonado fugindo para não ser molestado...
Amanhece, as pessoas de bem acordam;
Levam os filhos à escola e depois vão trabalhar;
Fingem que vivem a realidade do dia a dia;
Aliás, quando o sol nasce, sempre é bom varrer a sujeira para debaixo do tapete;
Para que as outras pessoas tenham boa impressão de sua casa;
A primeira impressão é a que fica.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007



O PRÍNCIPE DAS MARÉS









Ecos escuros

Por: Gabriela Cuzzuol
16 de setembro de 2006.



Nas horas do dia infindável,
Nos ecos dos gritos profundos,
Ninguém chega perto de ti;

Na dor da incerteza abstrata;
Nos elos de sons absurdos;
Ninguém, nunca, se aproxima de ti;

Em cores da vida velada;
E tempos de silêncio amável,
Humanos não se comparam a ti,

O que queres dentro dos sonhos escuros?
O que fazes habitando existências turvas?
E porque nada, nunca, chega perto de ti?





Em tempos de "falta de explicação", época de plantação silenciosa, uma que eu fiz há eras...
Quando ainda eras...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

JUSTIÇA (TYTA)







Pintura de: Tom G. PALMER






JUSTIÇA

TYTA






VAMOS MALHAR O JUDAS;


VAMOS JULGAR ESTE HOMEM QUE FEZ A DIFERENÇA NA NOSSA EXISTÊNCIA;


VAMOS MALHAR O JUDAS;

NÃO FOSSE POR ELE, JESUS O FILHO NÃO TERIA MORRIDO;


NÃO TERIA NOS SALVADO;


SERÍAMOS PAGÃOS NESSE MUNDO CONDENADO;


VAMOS JULGAR HITLER POR TODAS AS MORTES;


POR FAZER COM QUE OS JOVENS DE SUA ÉPOCA TIVESSEM IDEAIS,


LUTASSEM PELA RAÇA PURA;


VAMOS JULGAR HITLER;


UM MESTIÇO;


UM ADMINISTRADOR QUE FEZ COM QUE OS ALEMÃES ACREDITASSEM QUE ELE ERA UM DELES;


VAMOS JULGAR MARCOLA, O POLIGLOTA;


O LIDER QUE DENTRO DE UMA CADEIA DOMINOU UM ESTADO POR UMA SEMANA;


CAUSANDO PANICO ATÉ NAQUELES QUE DEVERIAM NOS PROTEGER;

VAMOS ATIRAR;


A PRIMEIRA PEDRA NOS QUE ERRAM;


NOS TOLOS QUE TEM UM OBJETIVO DIFERENTE DO NOSSO;


VAMOS JULGAR LULA;


NOSSO PRESIDENTE QUE COMPRA CDS PIRATAS E TEM MEDO DE ANDAR DE AVIÃO;


EM SÃO PAULO VAMOS APEDREJAR;


VAMOS CRUCIFICAR TODAS ESSAS PESSOAS QUE MANDAM;


QUE FAZEM COISAS ERRADAS.........


E, QUE , DE CERTA FORMA, NÓS OBEDECEMOS!



Eu não concordo com a idéias, mas gostei da amarração, do arranjo, e particularmente ADORO a escritora!
Ah TYTA, que bom será assinar livro ao seu lado, menina!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


(VINER)




" ... Ela não passou, não conseguiu.Deu errado, não era pra ser. Oito vírgula sete, nota máxima.Não foi o suficiente.
Lembrei-me de mim, há alguns anos. No meu caso havia sido nove, aí veio alguém e disse :
"_ Olha, você é realmente excelente, muito boa mesmo, mais tenho compromisso com um dos meus alunos. Fica para o próximo ano."
O olhei profundamente. Vontade de esmurrar-lhe a cara cheia de poder...
Na impossibilidade, sentei no canto e chorei, conformando-me com minha própria insignificância diante do mundo.
Ele nunca mais seria o mesmo, após aquela elegante marretada. Uma nova forma de soco, violência oblíqua e aguda...
Destruir uma existência é tão simples, que beira a banalidade...
...E ao vê-la assim,num canto, prostrada e "cheia de cortes", eu estava certa de que o dela também não seria...
E sim, era por isso que me doía tanto..."
FRAGMENTO de "DE AMOR E DE DEUS", meu romance de estréia.

domingo, 4 de novembro de 2007

TORDESILHAS- as últimas.


Terminou hoje...
Minhas entrevistas saíram: LINDAS! Com dois artistas incríveis, que eu conheci por aquelas banda.
Maria Eugência Lopez tem uma energia "transmissível"...
Me interessei pelo trabalho dela assim que soube, (antes de tudo começar), que ela organizava oficinas em presídios.Nada mais essencial!
O João Miguel Henriques, me foi "escolha de última hora". A opção incial era o Javier Diaz, porém, para a abordagem combinada com o Reynado lá da WEBLIVROS, achei que um português teria mais a ver...
Abri o livro e "caí de amores"!Para quem se interessar, ele está em
Junto com eles, Virna TEixeira, organizadora do festival , representando a parte "brasileira" do trio.
Tenho também o material para a puta do Rio, com a qual colaborou o Leonardo Gandolfi (também não conhecia), professor da UFRJ.
Ah, ganhei ainda outros dois livros: a Antologia de um grupo de jovens poetas (obrigada Ivan Antunes), o já mencionado "FIN DE SIÉCLE"(gracias Maria Eugênia Lopez) e a"URDIDURA da TRAMA"( presente do Victor del Franco). Meu primeiro contato com a publicação foi excelente
( e isso não acontece assim tão fácil). Falo mais sobre a URDIDURA em um outro post...
E tenho que comentar também, o "Longe D'água", que recebi do Michel Laub, tão gentilmente outro dia lá, na TV Cultura.
Assim que terminar...
E agora, de volta a "vida real", voltar à poesia...
Mais coisas, terça-feira: lá pelas "léguas"da WEBLIVROS.

Sensação Autobiográfica (NERUDA)


MOULIN GALETTE
(Renoir)

SENSAÇÃO AUTOBIOGRÁFICA
PABLO NERUDA

"...És pouquíssimas coisas na vida.

É que esta vida não me entregou tudo o quanto lhe entreguei;

E equacional e altivo;

Me rio da ferida...

a dor na minha alma é como dois pra três!..."

(Estrofe 2)

sábado, 3 de novembro de 2007

TORDESILHAS- Dia 2



O Público na Academia Internacional de Cinema



As amigas-irmãs. Comigo até na hora de trabalhar!


Sobre a sessão do TORDESILHAS, da
qual participei hoje, tenho pouco a dizer:


"E pouco saber, mas muita alegria é dada aos mortais..." Hölderlim



Hoje ,sábado na sessão de pocket shows lá do FESTIVAL TORDESILHAS.Em meio a toda aquela compenetração, que eu sentia a falta "deles", mais do que tudo.E, na espera da "retranca"que me prmitiria passar uma de minhas entrevistas necessárias, me lembrava dos POETAS amigos e dos encontros abençoados por Deus, regados à alegria, muita alegria...
Samara, Binho, Tyta e adjacências (que sabem muito bem quem são), não tem a menor noção da diferença vossas presenças "magnânimas" fazem.
E na falta deles,"queridos tanto", vai aí uma do Binho:



SOBRAS
Por: Fábio Santos.


Quando o impulso fluido
incandescente homicida
de minha tênue parca vida
for apenas pós esvaído
talvez o verbo frígido
que me serve de apelido
também se estire rígido
num arquivo esquecido.

II
Ter pele e carne e idéia
é um instante de loucura
o agora de uma cena futura
palco escuro muda platéia.

Nem a pedra nem o rio:
ser é apenas ser agora
hora vomitando a própria hora
e a sombra de um solo tardio.

III
E também olhar a folha
que
cai
sem
medo
de
não
ser.
E nada das minhas entrevistas...




Minha cobertura do TORDESILHAS não está rolando...

Tenho tentado, mas a MOSTRA e a chuva torrencial que possui um poder atrasador incomensurável!
Dois artigos me esperam, escrevê-los-ei...
Será que eu consigo as entrevistas das quais preciso?
Quem sabe?

Lá vou eu, na tentativa...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

TORDESILHAS Dia 1- FOTOS+ FATOS

Fui tudo mais ou menos assim: "Late"ao extremo, cheguei para a última mesa, que contou com poetas Espanhóis. Me interessei pelo trabalho do Javier Gil mais que pelos outros, embora o Adolfo Montejo e Juan Igerabide também sejam "leituras futuras"... Público pequeno, pessoas "do meio", alguns nomes ou rostos conhecidos, nenhum amigo (uma poeta-conhecida-colega querida sim), nenhum dos que eu esperava tanto ver... Cedo ainda para achar algo assim, de tão concreto. Amanhã,começa a sessão entrevistas. Sim, postá-las-ei na íntegra aqui,antes de publciar o aritgo ("editadérrimo"). Inicio pelos cariocas, lá para O ESTADO (http://www.oestadorj.com.br/) :

:











Início do TORDESILHAS!

"Na ponta da Língua navegam todas as palavras,com vocação de sombra íntima". Adolfo Navas.





Será por isso: para apartar, resolver ou descrever as peculiaridades desta tal sombra?
Iniciei meu trabalho lá no

TORDESILHAS

ME PERGUNTANDO O PORQUE DE FAZER POESIA, DE ESCREVER.

Tenho algumas teorias, e uma cabeça aberta para percebê-las erradas,incompletas, cegas até.

Talvez não seja neste evento, acho que não será. É possível porém que eu chegue mais perto de entender esta compulsão alucinada que leva às pessoas a se dedicar a algo assim... DIZER ALGO A ALGUÉM!
Ou simplesmente eu realize meu trabalho técnico-jornalístico e vá "embora para casa" com a sensação de mais um acontecimento "bege, quase branco, daqueles que não mudam muito as coisas".

Ainda não dá para saber...

HORAS!

Lu, antendendo a um pedido seu, aí vai uma minha, antiga. Para iniciar o dia com um grande ponto de interrogação e muitas razões para duvidar.


HORAS
Por Gabriela Cuzzuol
Em 12 de maio de 2007.



Em meio ao balanço das horas;
Me atraso culpada e meio perdida;
Levada por rodas guiadas;
Me leio mecânica e sem movimento;

Seguindo nos ônibus duros;
Os sonhos modernos do dia em segundos;

Chorando em lençóis giramundo;
Atropelos estanhos em tempos marcados;

Sorrindo como em conversíveis;
Vitórias vencidas;
Corridas e sãs.

RETA FINAL (A MOSTRA)!

Termina hoje! Ah, como eu queria que fosse 22,quando tudo começou?
Não, tudo começou em 19, não é Lucas? rsrsrs

A pedida do Dia é "Atonement" (Desejo e Reparação), + um inglês para minha lista! Deste aí, espero muito, as críticas tem sido muito boas.
Falando em esperar, voltando do GODARD ontem ,conheci na parada de ônibus um poeta carioca que está lá no "TORDESILHAS" (para onde, diga-se de passagem, eu já deveria ter ido). Pelo que o rapaz falou eu já sei o que esperar...
Isso era absolutamente tudo o que eu não queria...
Bom poder chegar em um lugar vazia, como eu cheguei lá na MOSTRA. Simplificaria tudo, não?