Não, estes não são tempos angustiantes...são tempos limpos, de aproveitar as coisas mínimas, tempos vãos, para celebrar os detalhes imperceptíveis, alcaçar a felicidade no quase nada...
E, como há tempo, há saudades, do bem que foi, não menor nem inferior ao que é
Mas de uma diferença incrível...
Para celebrar a certeza de que toda dor é superada e superável e com a certeza de que o que nos salva são as memórias do bem,
em homenagem a isto vamos de Neruda:
Como te Pressinto
Como te pressinto nessas horas tristes,
pesadas de tédio,
todas amargadas pelo sofrimento.
Dando-me o consolo,
de tuas mãos brancas,
dando-me esse afeto
de teus claros olhos
tímidos e bons.
... E como pressinto
o alegre sorriso
de teus lábios frescos,
o sorriso triste de meus lábios velhos.
Nessas longas horas,
de fastio amargo,
eu sinto que brotas
do triste silêncio.
Como te pessinto,
como te pressinto.
foto:http://2.bp.blogspot.com
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