quinta-feira, 23 de abril de 2009

... tenho tudo pra contar e não há tempo...


_ De dizer do post super importante que o Marcelino Freire fez sobre o quão absurdo é o escritor não poder viver de sua arte;

_Sobre a quantas anda meu projeto de pós (lindo_ de cinema e literatura)

_Sobre os surrealismos meus do fim-de-semana passado que darão muito o que escrever...

_Sobre a pauta do meu meio amigo Alan de Faria para a CARTA CAPITAL(que lerei em breve) e como é incrível ver gente batalhadora e apaixonada pelo que faz trabalhando e trabalhando

Tanto, tanto, mas agora que há vontade não há tempo...




Como hoje é dia de preparar o material para enviar à BIBLIOTECA NACIONAL (te falei que as inscrições iam até hoje) e, relendo meus últimos escritos dos dois anos passados, me deparei com a habitué:



QUAL O REAL SIGNIFICADO DAS PALAVRAS?




Como não se trata de uma questão semântica, mas emocional, vou de ADRIANA FALCÃO (que já tive o prazer de entrevistar e sim, é uma graça) e seu delicioso PEQUENO DICIONÁRIO DE PALAVRAS AO VENTO.

AÍ VAI:


Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro...

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não. Amor é um exagero... também não.
É um "desadoro"...
Uma batelada?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar...










2 comentários:

Uilsgirl disse...

legal esse desenho aonde arranjou?
gabi aonde está este texto?
_ De dizer do post super importante que o Marcelino Freire fez sobre o quão absurdo é o escritor não poder viver de sua arte;


?????
to precisando de um texto exatamte desse jeito, é pra incentivar...

Uilsgirl disse...

o rimbaud falava sdobre isso também....