domingo, 6 de abril de 2008

TODOS IGUAIS

IGUAIS

Por: Gabriela Cuzzuol em 05/04/2008

Todos iguais, todos iguais,

E uns mais iguais que os outros;

Perdidos entre as letras,

Rodopiantes zonzos no desespero oblíqüo,

Da auto-personificação;

Todos iguais, todos iguais,

Mais uns mais iguais que os outros,

Imersos no labirinto da “abstração”,

Poetas circulantes de olhos inchados,

E almas caucasianas;

Poentes “procurantes”,

A devolver ao mundo a mácula causada pela tentativa do resgate,

Todas iguais, todos iguais,

Mais uns mais iguais que os outros;

Lutadores enfadonhos

Ou guerreiros helênicos,

Crianças suplicantes.

A insistir em auto ferir-se;

Todos iguais;

Poetas;

E uns mais iguais que os outros;

Todos iguais,

Poetas,

Mais uns mais iguais que os outros.

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