quarta-feira, 25 de março de 2009

Os nomes estão perdidos...

Nessa de ficar acordada pelas madrugadas escrevendo o projeto da PUC, me acompanham os livros e a internet. Jeito de quebrar o tédio, que muito me assola...

Numa dessas incursões ao nada, me deparei com uma música que quem canta é a filha da ZIZI POSSI, que breguices passadas à parte, acho que tem uma voz interessante e de um tempo pra cá, anda SIM, a fim de fazer uma música mais palatável.

De qualquer forma a letras é do Paulinho Moska, e por aqui é ela que interessa.
Pois é, mas o negócio é que a encontrei no EXATO dia em que terminei a saga de Pedro de Valdivia, o livro INÉS DE ALMA MIA _ da Isabel Allende.

A autora passa a saga toda enaltecendo Pedro, amor de sua vida, até que nas páginas finais- justamente quando os dois se separam, que ele começa a cometer delitos de honra:

" Pedro tornou-se pomposo, arrogante e irritadiço..."
"Os anos pesavam-lhe as feições...."

E outras colocações tão comuns no discurso de mulher abandonada...

Até que em um arroubo de narcisismo que vez por outra alcança a personagem: Inés, a narradora em primeira pessoa, dispara:

"Cecília disse: a estrela dele cresceu quando estava com você e agora que não estão mais juntos, só tende a descer." Ou algo assim...

Interessante que embora descrevendo a história de uma heroína clássica (que faz o leitor se perguntar se existiram mesmo mulheres com tamanha virtude), ela coloca em dúvida a honra de nosso co-protagonista, em outras palavras, seu nome.

Homem sem honra= homem desonrado, principalmente quando se fala em 1553.

Aí me vem a Luísa Possi, com seus nomes perdidos... e eu ao fim de minha aventura com Allende.
Ao menos no meu infinito particular, tudo a ver.

Vai Lá então:

Não Diga Que Eu Não Te Dei Nada

(Paulinho Moska)

Te dei saliva pra matar a sede

E suor pra lavar o amor

Te dei o sangue que corre nas minhas veias

E lágrimas frias no calor

Te dei a flecha pra atirar em mim

E um livro pra rasgar as folhas

Te dei o zíper de fechar e abrir

E a possibilidade de escolha

Não diga que eu não te dei nada

Te dei uma moeda de pedra

Te dei um nome e os nomes estão perdidos

Te dei a pena da asa de um anjo

E os meus sonhos preferidos

Não diga que eu não te dei nada


Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=b9VxWPdtctE&feature=related

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