ABDICAÇÃO
Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
Que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mãos viris e calmas entreguei;
E meu ceptro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços.
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas, de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Sobre o LASAR SEGAL
Dia 28 às 19:30, no FIESP, abertura da exposição dele:
LASAR SEGALL.
... O Segall foi um "cara" desses que hoje em dia chamaríamos "multi-mídia"...
Espécie de multi mídia nascido no fim do século passado,tempos em que ainda nem se imaginava internet ou tv a cabo ...
Desenhista, gravurista, pintor,judeu.Lituano por nascimento, fez-se brasileiro. Começou a expor antes dos trinta, o que significa que teve sim, uma carreira de sucesso.No ínicio, era o impressionismo que o interesava,e em meio às cores, "podia-se perceber traços de CEZANE". Depois, ficou claro que seria ao expressionismo que ele acrescentaria ...
O FIESP fica na AV. Paulista, número 1313, São Paulo
e o que acontecerá por lá se chama
"SEGALL REALISTA"
sábado, 5 de janeiro de 2008
O primeiro post do ano é do RIMABAUD, com uma tradução da internet por "não sei quem"Simplesmente gostei mais que as convencionais e aí está!
Tudo a ver com o prolongado momento em que descubro que a eternidade tem olhos azuis e cara de todo dia!
E que, a vida se contrói na aceitação do indelével e (quem sabe conseqüentemente),
do imprevisível!
Para nós, um 2008 repleto de cotidianas maravilhas!
Tudo a ver com o prolongado momento em que descubro que a eternidade tem olhos azuis e cara de todo dia!
E que, a vida se contrói na aceitação do indelével e (quem sabe conseqüentemente),
do imprevisível!
Para nós, um 2008 repleto de cotidianas maravilhas!
Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado Ao sol.
Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura,
Seja o sol estival,
Ou a noite pura.
Pois tu me liberas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.
Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.
Ela foi encontrada!
Quem?
A eternidade.
É o mar misturado Ao sol.
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